Fazer amizades quando somos adultos parece uma missão impossível. E parece que a ciência tem justificações para tal! Nas redes sociais, a terapeuta Divya Robin explicou: “Vai contra muito daquilo a que o nosso cérebro está habituado, em termos de conforto e familiaridade“.
E ainda acrescentou que o facto de o nosso cérebro encontrar mecanismos de “proteção” quando nos vemos em situações novas, como esta, não significa que haja algo errado ou que tenhamos de ser solitários. Confira três motivos apoiados pela ciência para as novas amizades serem uma tarefa difícil em adultos, baseados numa pesquisa da psicóloga Marisa G. Franco:
- Em adultos, há menos interações contínuas, não planeadas, com experiências para a vulnerabilidade (componentes chave na criação de novas amizades). Estes ambientes facilitadores de amizades aconteciam mais frequentemente na juventude (escola, atividades extra curriculares,…).
- O nosso cérebro assume que vamos fazer amizades como quando éramos mais jovens. Isto pode fazer com que nos sintamos frustrados, já que estamos dependentes de circunstâncias típicas da juventudo que não se traduzem em amizades em adultos. As amizades entre jovens podem ser construídas com base na conveniências, mas as adultas têm base na intencionalidade.
- Temos tendência a pensar que os “piores cenários” têm maior probabilidade de acontecer do que realmente têm. Por causa disto, assumimos que as pessoas nos vão rejeitar, magoar-nos ou pensar o pior de nós – e estes padrões cognitivos podem tornar-nos receosos em criar novas conexões.