Há clássicos de todas as famílias e atos de rebeldia originais, mas o que interessa é recuperar a alegria de se divertirem todos juntos.
1. Lavar o carro
Hmmm… Divertido? Siiiiiim! E refrescante, num dia de calor. Junte pano e baldes, e aproveite enquanto ainda acham o máximo pôr o bólide a brilhar.
2. Fazer a árvore genealógica
Faça a coisa mesmo em grande: arranje uma cartolina do tamanho dele, desenhe uma árvore e depois pendure fotos ou desenhe, caso não haja fotos. Peça aos avós e bisavós que descrevam as pessoas que já morreram.
3. Chorar em segurança
A tristeza é uma das emoções mais negadas às crianças, mas é tão bom chorar com um livro ou com um filme! Ponha um filme mesmo mesmo triste. Chorem em conjunto e depois vão comer um gelado.
4. Fazê-lo rir
Histericamente, até perder o fôlego. As crianças são geralmente fáceis de pôr a rir. Ah e tal, que ele depois não dorme? Então faça-o rir às 3 da tarde.
5. Organizar uma batalha de almofadas
Não há nada mais simples e é uma excelnet maneira de libertar stress num dia mais complicado, tanto para pais como para filhos.
6. Levá-lo a votar
Uma coisa é ele aprender na escola que votar é um dever cívico e democrático e patati patatá, outra coisa é ir mesmo com os pais. Por isso não o deixe em casa. Todas as crianças adoram rituais, e um ritual em que o país inteiro (enfim…) está envolvido é ainda mais emocionante.
7. Mostrar-lhe onde nasceu
Mesmo que seja na terra onde ainda vive, mostre-lhe a rua, a casa, o sítio. Enfim, não exagere, que eles gostam de ver mas não é para passar a tarde a falar no tio Alfredo.
8. Usar o máximo de autocolantes
Arranje umas folhas de ‘stickers’ ou post-its. Cole autocolantes por todo o lado: braços, pescoço, nariz, testa. É parvo, pois é, mas vai ver as gargalhadas que dá (como aliás com quase todas as brincadeiras parvas).
9. Apresentar-lhe o silêncio
Não é dizer-lhe ‘olha, ó João, agora vamos ficar muito muito caladinhos’. Mostre–lhe o silêncio a sério. Leve-o à serra da Estrela. Ao alto do monte. A uma floresta. Que barulho existe dentro de nós? Que barulhos existem no silêncio habitual dele?
10. Organizar uma sessão de spa a dois
Completa, com massagem, banho de espuma, creme e perfume. Ainda mais divertido é ‘fabricar’ em casa os produtos: façam uma máscara facial, com iogurte natural sem açúcar e aveia esmagada (não deixe mais do que três minutos), e perfume: junte água destilada, óleo de lavanda ou bergamota (ou pétalas de rosa esmagadas) e um pouco de álcool etílico. Deixe repousar durante 48 horas e experimente. Se ele tem tendência a pele atópica, convém fazer um teste de tolerância: aplicar um pouco na dobra interior do cotovelo e se não houver nenhuma reação nas 48h seguintes, pode usar.
11. Tirar o cartão da biblioteca
Sabe qual é a biblioteca mais próxima? Leve lá a sua criança, torne–a sócia e explique como se requisita um livro. Deixe-a trazer o que quiser.
12. Fazer uma sessão fotográfica
Vão para a rua e fotografem primeiro coisass grandes (casas, árvores, paisagens), depois coisas pequeninas (o puxador da porta, uma flor, uma chave, uma coisa esquecida). Comparem pormenores, técnicas, diferenças. Se quiserem levar a coisa ao extremo, podem escolher cada uma uma foto da outra e pedir-lhe para contar a sua história.
13. Ir a um Museu
Há tantos por onde escolher… O Museu da Carris (emocionante), o Museu do Oriente, o Museu da Farmácia… Visite o Lisbon Story Centre (não é tecnicamente um museu, mas percebem a ideia) e o Quake (que recria o momento do terramoto). Alguns não são baratos, mas são sempre um bom investimento. Saber mais é tão divertido!
14. Conquistar um castelo
Não deve haver país com tanto castelo como o nosso, e para todos os gostos: do romântico castelo de Porto de Mós ao mais militar de S. Filipe em Setúbal, ou os castelos de Penedono, Silves, Santa Maria da Feira, Ourém, Arnóia, Marvão ou Evoramonte, pegue no seu templário e partam à conquista.
Se eles não enjoarem de barco, leve-os a Almourol. Mais pertinho de Lisboa em versão Walt Disney tem o Palácio da Pena (eles costumam adorar… as ‘casas de banho’). E quem já visitou por dentro o lindíssimo Palácio da Ajuda?
15. Conhecer uma tia desconhecida
Ou enfim, pouco visitada. A família não são só os pais e os avós. Com certeza que tem uma prima ou uma tia que eles não conhecem: leve-o a conhecê-la. Se for simpática, claro. Não queremos mais um trauma de família.
16. Fazer um jornal
Pode ser internacional ou da família, com notícias verdadeiras ou inventadas. Um pode ficar com a secção de desporto o outro com a política, a moda ou a sociedade… Paginem no computador ou à mão como dantes, façam colagens e divirtam-se à séria.
17. Andar de comboio
Caso não andem de comboio todos os dias, é uma aventura… Enfim, às vezes já andar nas escadas rolantes do metro é uma aventura… Alternativa: um passeio de tuk tuk pode parecer um safari na cidade.
18. Contar-lhe o seu primeiro beijo
Nunca mais tornou a ver o Zé Carlos que por acaso beijava mal como tudo, mas também naquela idade não se podia pedir muito…
19. Contar-lhe uma asneira que tenha feito
Não se preocupe que eles não vão logo tentar fazer igual. É tão bom saber que temos pais humanos…
20. Fazer uma caverna de estrelas
Atenção: é preciso uma caixa grande (pense nisso da próxima vez que comprar no Ikea). Se não tiver uma caixa à mão, faça uma ‘caverna’ com mantas e cadeiras, e pendure no ‘teto’ uma tira de luzes de natal (são as estrelas).
21. Ir visitar a avó
Afastamos as crianças das pessoas mais velhas como se não fizessem ambos parte do mesmo mundo… Não separe vidas. Habitue-os a visitar as pessoas mais idosas, mesmo – principalmente – quando estão em lares e precisam de alguma alegria ou distração.
22. Desenhar um mapa da zona.
E depois saia com ele… Quem sabe onde fica a mercearia? O supermercado? O hospital? A polícia?
23. Ensinar… a sonhar
Façam uma lista aquilo que querem fazer no futuro. Quais são os planos que ambos têm? Não importa que sejam disparatados, é tão bom sonhar!
24. Dizer-lhe o que o torna especial
O que é que gosta nele? O sentido de humor, a vontade de ajudar os outros, a bondade? Tem de fazer isto antes de ele ser adolescente e começar a revirar os olhos e a dizer ‘ó mãe, mas que lamechice’.
25. Tirar um dia de folga
Se calhar nunca fez isto. Se calhar nunca vai fazer. Mesmo assim, de todas estas ideias será aquela que a sua criança terá menos probabilidades de esquecer: tire–a da escola durante um dia (convém não ser nenhum dia de exames ou testes). Meta férias no trabalho (convém não faltar à reunião). Tudo bem, um dia de férias é precioso. Não é para se gastar assim. Mas seria inesquecível…