Numa relação saudável entre irmãos há sempre discórdia e alguns atritos. Podem não viver um sem o outro, mas há momentos em que não se conseguem entender. Soa-lhe familiar? A verdade é que o conflito é natural e inevitável – afinal estamos a falar de crianças diferentes entre si, com personalidades e vontades únicas – mas a forma como se lida com esse conflito é que pode ser diferente. Isto porque uma boa intervenção vai ajudar os seus filhos a desenvolverem competências sociais e emocionais que lhes vai permitir sentirem-se amados e seguros e, acima de tudo, conseguirem resolver os problemas que vão surgindo de forma pacífica e afável. Os momentos de maior tensão entre irmãos podem, assim, ser uma excelente forma dos seus filhos aprenderem a conhecer as suas emoções, a identificá-las e a respeitar e serem respeitados.
De acordo com Tania García, educadora social e autora do livro “Irmãos”, quando existe um conflito, convém que os pais oiçam todas as partes envolvidas e, em vez de exigirem que parem de discutir, devem encarar estes momentos como oportunidades de aprendizagem, de evolução e de conexão. Para isso, recomenda que:
- Use um tom amigável.
- Seja imparcial.
- Ouça todas as opiniões.
- Repita em voz alta o que eles nos dizem para confirmar que entendemos corretamente a mensagem.
- Não faça julgamentos.
- Valide as suas emoções.
- Ajude-os a encontrar soluções.
- Não grite.
- Não os force a desculparem-se.
Além disso, faça atividades conjuntas com os seus filhos que promovam a cooperação e que aproximem os irmãos. Além disso, não faça comparações entre eles, evite os rótulos e potencie um ambiente harmonioso, onde eles se vejam como uma equipa.