Às vezes, menos é mais. Passo a explicar: quando a convivência entre um casal não é necessariamente fácil, o psicólogo e autor Terry Gaspard defende que os pequenos gestos ganham ainda mais importância.
Num artigo do site do Instituto Gottman, o especialista explica que as surpresas grandes e raras podem ter desvantagens exatamente por serem tão extravagantes e esporádicas. Como alternativa, sugere pequenas demonstrações de afeto que fazem toda a diferença.
Beijos de seis segundos
As coisas que pode fazer gradualmente e com frequência têm um efeito mais duradouro. Abraços, dar as mãos e trocar beijos contam muito mais, porque fazem parte do quotidiano. O Dr. John Gottman, fundador do instituto, sugere beijos de seis segundos, que descreve como sendo “longos o suficiente para parecerem românticos”. Além disso, servem como um oásis temporário num dia agitado, criando uma rutura deliberada entre a mentalidade do trabalho e o tempo a sós do casal.
As palavras certas
Os exemplos acima mencionados são de ações e não de palavras. Isto porque, segundo estudos citados por Gaspard, os gestos românticos e que demonstram consideração pela cara-metade têm um impacto maior no bem-estar da relação.
Contudo, não devemos ignorar o poder das palavras. Ouvir os desabafos do parceiro sobre um dia difícil de trabalho é um ato de amor. Evitar silêncios prolongados após uma discussão também valoriza as palavras como comunicação. Não importa o conteúdo… até pode ser sobre a cor do caixote do lixo: se elas quebrarem esses silêncios debilitantes, serão de ouro.
Sensibilidade
Respeitar a necessidade de cada um de ter o próprio espaço também é um gesto de amor nos tempos que correm. Talvez o seu parceiro queira dar um passeio sozinho ou ficar a sós no quarto. A liberdade, espaço e autonomia resumem uma necessidade humana básica e ser sensível a isso pode fazer toda a diferença no humor da pessoa que ama.