Antes, para viajar sem dinheiro quase que era preciso ser hippie. De mochila às costas, pedia-se boleia na estrada e acampava-se. A versão atual dos viajantes com baixo orçamento é diferente: a informalidade mantém-se, mas recorre-se às novas tecnologias para procurar os melhores preços, viaja-se em companhias aéreas low cost e fica-se alojado em modernos hotéis com preços em conta ou então confortavelmente na casa de alguém…
Antes de partir: pesquise os melhores preços
Além de tentar fugir às épocas altas (Carnaval, Páscoa, Natal, Ano Novo e Verão), fique atenta às promoções: regra geral, os hotéis de negócios têm boas ofertas ao fim de semana e os hotéis mais caros descem os preços durante a semana. Faça um bom trabalho de casa, a pesquisa pode poupar-lhe muitos euros. Pesquise também os programas com hotel incluído e compare preços, por vezes podem sair mais baratos. O site TripAdvisor é um bom ponto de partida para as pesquisas. Não permite fazer reservas mas tem centenas de comentários e fotografias tiradas pelos hóspedes nos locais. Em viagens longas, tente voar de noite para poupar na dormida.
Cama e roupa lavada
Os hotéis low cost são uma tendência em crescimento. Para os viajantes que querem sobretudo passear e conhecer o destino, o importante é ficar num sítio central e ter uma boa cama para descansar ao fim do dia. Prescinde-se facilmente do spa ou da piscina. Se o destino é a Europa, África do Sul, Austrália, Brasil ou Japão, pesquise os hotéis Formule 1 ou Etap. Pertencem à cadeia de hotéis Ibis, têm quartos simples e casas de banho partilhadas por quatro quartos mas a qualidade é assegurada. Preços entre €35 e 50/noite.
Neste hotel você decide quanto paga
A cadeia Tune Hotels, com unidades na Malásia, Indonésia e Londres, destaca-se pelo conceito inovador ‘só paga o que usar’, uma ideia que pode permitir poupar bastante. Na prática há uma tarifa base (€3,5 na Malásia, €7,5 na Indonésia e €51 em Londres) e o resto é à parte, seja o ar condicionado ou as toalhas, o que lhe permite levar uma toalha de casa ou usar uma vários dias e pagar menos, por exemplo. Não há piscinas, spas nem room service, mas para quem quer apenas uma boa cama para dormir ao fim do dia é o ideal. www.tunehotels.com
Dormir no aeroporto
Gerir as escalas pode ser um problema quando se compram bilhetes de avião pela internet. Se tem de ficar mais de sete horas em escala tem duas soluções: procurar um hotel barato por uma noite (o que implica despesa de alojamento e transportes já que o aeroporto geralmente fica afastado do centro) ou dormir no aeroporto. O site Sleeping in Airports, criado pela guru de viagens canadiana Donna McSherry conta com mais de 5 mil pessoas registadas que contribuem com dicas sobre como dormir bem em mais de 6 mil aeroportos em todo o mundo. Nalguns a dormida pode ser mais confortável do que em muitos hotéis. É o caso do aeroporto de Singapura, que, acredite ou não, tem lounges com cadeiras reclináveis, chuveiro, sauna, piscina e internet… tudo grátis.