As mulheres tendem a queixar-se de que as temperaturas estão demasiado baixas no escritório – e não é só por uma questão de conforto.
De acordo com um novo estudo, publicado na revista científica PLOS One, afinal, a sua produtividade pode melhorar com um pequeno ajuste no termóstato.
Os autores levaram a cabo uma experiência de laboratório em Berlim, Alemanha, que pôs à prova a reflexão matemática, verbal e cognitiva de 543 estudantes numa variedade de temperaturas, entre os 16 e os 33 graus Celsius. Os resultados? As mulheres tiveram melhores resultados em tarefas cognitivas quando estavam em ambientes mais quentes, enquanto os homens se saíram melhor em ambientes mais frios.
“No geral, os nossos resultados sugerem que o género é um fator importante não apenas na determinação do impacto da temperatura no conforto, mas também na produtividade e no desempenho cognitivo,” dizem os investigadores Agne Kajackaite e Tom Chang.
O estudo também revelou que as mulheres obtiveram melhores resultados nas outras tarefas à medida que a temperatura aumentava, o oposto do resultado masculino.
“Descobrimos que, para tarefas matemáticas e verbais, consistentes com suas preferências subjetivas de temperatura, as mulheres apresentam um melhor desempenho em temperaturas altas do que em baixas temperaturas. Ou seja, as mulheres tentam resolver e resolvem mais problemas matemáticos e verbais,” lê-se nos resultados da pesquisa.
Kajackaite sublinha ainda que a temperatura pode afetar não apenas o conforto, mas também o desempenho diário das pessoas: “se você se sentir mais confortável no escritório com cinco sweaters, ou sem elas, isso também pode afetar o seu desempenho. Portanto, deve levar isto a sério.”