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A Activa esteve no visionamento de imprensa da versão original de O Rei Leão, remake do clássico original da Disney de 1994. E se o primeiro filme foi um sucesso estrondoso, este promete surpreender quem adorou o primeiro e ainda aumentar a legião de fãs. O filme está muito bom, com momentos de fortes emoções, comédia que leva às gargalhadas e uma história que mantém a mensagem forte. Contudo, também há alguns aspectos que ficaram aquém das expectativas, mas que, felizmente, não conseguiram prejudicar o resultado final.
Como análise geral, apresentamos-lhe 10 coisas que precisa de saber sobre este novo O Rei Leão!
(Os tópicos estão escritos com o pressuposto de que o filme original foi visto).

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1. A PRIMEIRA CENA ESTÁ IGUAL
É impossível esquecer o início de O Rei Leão. O sol nasce na savana e a música “Circle of Life” começa a tocar. Os animais parecem despertar e começam a dirigir-se a Pride Rock, onde dão as boas-vindas ao novo herdeiro do reino. Uma cena memorável e que foi reproduzida neste remake com atenção a todos os pormenores. A grande diferença é a utilização destas novas técnicas de efeitos especiais que nos fazem sentir que estamos numa savana verdadeira. Difícil é evitar os arrepios.

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2. OS DETALHES SÃO IMPRESSIONANTES
Animais que parecem reais até ao momento em que começam a falar. Paisagens extraordinárias que nos fazem sentir numa savana africana. A nível visual, este filme é de cortar a respiração. A equipa de efeitos visuais está de parabéns pelo trabalho fantástico. Terminado o filme, fica a vontade de o rever para, desta segunda vez, se ter maior atenção aos detalhes, tais como a movimentação de uma juba, a variedade de penas de uma asa, a forma como a chuva escorre no pêlo, ou pela forma real dos trejeitos de cada animal.

3. MUFASA TORNOU-SE MAIS RÉGIO
Esta é a única personagem que volta a ter a voz original. James Earl Jones volta a interpretar o pai de Simba, o que foi a decisão mais acertada que poderia ter sido tomada. O timbre profundo do ator de 88 anos e a dicção perfeita dão a sensação de familiaridade e de reencontro de um velho amigo. Contudo, existe a sensação de que esta personagem tornou-se mais poderosa. Provavelmente devido à nova caracterização, de um leão adulto e dono de um corpo que transmite grande força física, mas também graças à sabedoria das suas palavras. Um pai extremoso, capaz de admitir as suas falhas. Um rei justo e que transmite compaixão. O exemplo de um líder perfeito.

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4. A FORÇA NO FEMININO
A savana é o domínio de um rei, mas alcateia tem a sua força no feminino. Existem vários momentos em que estas figuras se destacam e dão o exemplo, quer seja na expulsão das hienas das terras do reino, quer na forma como suportam uma provação terrível sem quebrarem o espírito. Destaque para a postura régia, forte e apaixonada de Sarabi, a mãe de Simba, que defronta Scar sem perder a postura e sem ir contra os seus princípios, algo pouco explorado no filme original. Nala tem novamente um papel de grande importância na trama, provando que é uma leoa determinada e que tem o poder necessário para elevar um rei.

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5. EMOÇÕES INTENSAS
Sim, já sabemos que vão haver momentos que vão ser mais fortes. Ainda assim, avisamos que as lágrimas podem teimar em cair quando estes finalmente acontecem. A cena do desfiladeiro fica mais longa e, apesar de já conhecermos o desfecho, é complicado não desejar o contrário e conter as emoções quando o inevitável acontece. A perseguição no cemitério de elefantes, a jornada de Simba até encontrar Timon e Pumba, assim como confronto final revelam maior ação. Já o momento no Oásis, quando Rafiki leva Simba para o lago à noite, está muito bonito e toca o coração. Todas estas cenas são apresentadas de forma diferente do filme original, mas todas transmitem a mesma mensagem. Podemos gostar mais ou menos destas decisões, mas não conseguimos é ficar indiferentes às emoções.

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6. GARGALHADAS GARANTIDAS
O elemento cómico mantém-se! Quer pelas situações vividas quer pelos diálogos. Claro que a dupla Timon e Pumba continua a ser a responsável por muitos destes momentos. Seth Rogen e Billy Eicher desempenharam bem os papéis do javali e da suricata mais divertidos do cinema. Também Donald Glover, que dá a voz a Simba, surpreende ao passar de registos mais pesados para os mais leves e animados.
Destaque ainda para John Oliver, que mantém o registo formal e algo britânico de Zazu, a fazer lembrar as formalidades de uma família real num registo exagerado e cómico.

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7. REFERÊNCIAS DIFERENTES
Qualquer fã do filme original tem em mente muitas referências divertidas de O Rei Leão. Contudo, muitas delas não passaram para este remake. Percebe-se que tal pode ter sido motivado para imprimir um cunho mais real à vida da savana, não introduzindo elementos de fora desse espaço. Ainda assim, fica a sensação de que falta algo. Contudo, foram criadas novas referências, que dão um cunho diferente a esta adaptação. Se são melhores ou piores, tudo depende do gosto de cada um. Adiantamos que uma delas é de um outro filme bem conhecido da Disney que já teve direito a um remake em live-action. E mais não contamos.
8. A BANDA-SONORA
Não estamos a falar das músicas mais conhecidas, pois ainda vai haver espaço para abordarmos esse assunto. Aqui abordamos as melodias que intensificam os momentos e tornam tudo ainda mais arrepiante. Hans Zimmer, o prestigiado compositor alemão, volta a pegar nesta obra que foi tão elogiada em 1994. Contudo, um novo trabalho é feito. O compositor pegou nos temas marcantes desta história e deu-lhe uma nova roupagem. Existem diferenças ténues, de forma a dar uma nova vida a estas músicas, mas sem que elas percam a sua essência. A sensação de novo confunde-se com o vínculo que já existe com os fãs destes temas.
9. A NOSTALGIA DAS MÚSICAS, A APRESENTAÇÃO DE NOVAS E A SENSAÇÃO DE ESTRANHEZA
Cuidado! Vai haver dificuldade em não acompanhar cada música em pleno cinema. Desde que o “Circle of Life” começa até ao divertido “Hakuna Matata”, será complicado manter os lábios cerrados e o corpo sem movimento. É ótimo revisitar estes temas já tão nossos conhecidos, apesar das variações. Alguns têm modificações mínimas, que não incomodam, mas há um particular que ficou aquém do desejado devido à forma diferente como foi tratado. “Be Prepared!”, o tema com que Scar apresenta o seu plano de vingança com as hienas, sempre foi considerada uma das músicas de vilões mais bem conseguidas. Contudo, neste filme, sente-se a falta da força deste grito de guerra e o espectador fica a desejar por mais.
Foi introduzido uma música nova para este remake, “Spirit”, pela voz de Beyoncé Knowles. Percebe-se a necessidade de darem mais espaço à cantora que empresta a voz a Nala, mas o tema em si parece desnecessário, até porque não se enquadra bem no plano geral musical. Dá a ideia mais de obrigação, uma vez que nada acrescenta ou melhora.
Em compensação, foi ótimo terem incluído “The Lion Sleeps Tonight”, cantado por Timom e Pumba e que apenas surgia num extra em algumas edições especiais do filme original. Faz sentido, é divertido e provoca uma boa transição na cena em questão.

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10. VOZES DE LUXO
Para a versão original deste filme, foi escolhido um elenco de grande estrelas. Donald Glover no papel de Simba, Beyoncé Knowles-Carter no de Nala, James Earl Jones interpreta Mufasa, Chiwetel Ejiofor é Scar, Seth Rogen assume o papel de Pumba e Billy Eichner é Timon. Estes são apenas alguns exemplo dos atores eleitos para o trabalho de dar uma nova vida a uma história tão amada. É ótimo ver a representatividade africana, e isso sente-se nos diálogos. Contudo, a edição desses momentos por vezes está algo lenta, o que tira a naturalidade do discurso. Mas, no geral, está um trabalho que merece um forte aplauso.