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Choreograph
Disto, não estávamos à espera. Ou será que estávamos? Um dos treinos mais famosos do mundo fitness foi, agora, eleito como o melhor para reverter os sinais de envelhecimento. E se lhe veio à mente o Yoga, desengane-se. Falamos de HIIT, o mui falado treino de alta intensidade intervalado.
E quem o diz são investigadores da Mayo Clinic, que descobriram que, além de queimar mais calorias, acelerar o metabolismo, e contribuir para um maior ganho de massa muscular, este tipo de exercício pode mesmo reverter os sinais de envelhecimento a um nível celular.
O estudo que realizaram foi publicado no jornal Cell Metabolism, onde se revelou terem sido avaliados 72 adultos sedentários, divididos em dois grupos – dos 18 aos 30 anos de idade, e dos 65 aos 80. Foram-lhes atribuídos planos de exercício físico para 12 semanas que incluíam cycling de alta intensidade intervalado, treino com pesos, ou um plano combinado com estes dois exercícios.
No final, mediram-se as mudanças na força de pernas dos voluntários, massa muscular, capacidade de oxigénio, sensibilidade à insulina e ainda nos tecidos celulares nas coxas. Escusado será dizer que, apesar das alterações positivas em quase todos os voluntários, os que realizaram o treino HIIT, de cycling, registaram as maiores mudanças a nível celular.
A habilidade das células de receberem oxigénio e produzirem energia, chamada capacidade mitocondrial, aumentou cerca de 49% nos voluntários mais jovens. Nos mais velhos, o aumento foi de uns surpreendentes 69%. As mitocôndrias e ribossomas – estas últimas, ajudam no desenvolvimento de músculo, graças à produção de proteínas – tendem a deteriorar-se com o passar do tempo, pelo que mantê-las saudáveis é importante para evitar sinais associados ao envelhecimento. E parece que o HIIT é uma bela forma de o fazer.
“No fundo, a saúde de uma célula, e do nosso corpo, está diretamente dependente do funcionamento da mitocôndria“, afirma Paul Arciero, provessor de ciências da saúde e exercídio na Skidmore College. E a provar tal afirmação, temos o facto de, nem no grupo de treino com pesos, nem no de treino combinado, terem sido verificadas grandes alterações.
O grupo do cycling registou ainda uma melhoria na sensibilidade à insulina, sugerindo que este tipo de exercício pode também reduzir o risco de diabetes. O co-autor do estudo Matthew Robinson, refere que o HIIT deve ser introduzido na nossa rotina de forma gradual, e que, para melhores resultados, devemos aumentar a intensidade de forma progressiva.