
Já tinha feito entrevistas sobre o tema e lido muitos artigos que falavam dos pós e contras deste tipo de dieta. Contudo, havia algo que ainda não tinha feito. Nunca tinha efetivamente experimentado um detox!
A curiosidade era muita, pois acreditava que só assim iria realmente perceber o que isto poderia fazer ao meu corpo. Com o início do novo ano, e já algo longe dos excessos das festividades natalícias, pensei que esta poderia ser uma boa altura para experimentar a tal dieta da moda que parece já ter deixado rendidas celebridades em todo o mundo. O objetivo não era perder peso (claro que se isso acontecesse seria bem-vindo), mas sim tentar acabar com a sensação de barriga inchada que se instala ao longo do dia e perceber o os efeitos da tal libertação de toxinas de que tanto se fala.
A decisão estava tomada e comecei a minha pesquisa sobre o como e quando iria então viver esta experiência. Fui à internet e procurei as hipóteses disponíveis no mercado. Acabei por ficar mais inclinada por uma marca que disponibilizada seis sumos diferentes ao longo do dia, todos eles com ingredientes e sabores distintos, de forma a ir proporcionando a ingestão de diversos nutrientes.
Depois, tive de tomar mais uma decisão. Durante quanto tempo fazer este detox? Claro que um maior número de dias teria um resultado mais concreto, mas decidi “jogar pelo seguro”. Como nunca tinha experimentado nada do resto, optei por começar com um dia.
As escolhas foram feitas a encomenda foi feita e restou esperar para que tudo chegasse no dia indicado para então viver a experiência. Estava preparada e entusiasmada!
A encomenda chegou no dia, bem acondicionada de forma a manter a frescura dos sumos. Guardei logo tudo no frigorífico para entrar no regime no dia seguinte. Claro que antes observei bem cada garrafinha e li os ingredientes que cada uma tinha. Ao início foi algo estranho pensar que aquelas iriam ser as minhas “refeições” para o dia seguinte, e temi pelos sabores que poderiam ter, mas não desesperei.

Começou então o dia D. D de detox, claro. Assim que acordei, às 9h, fui ao frigorífico para ir buscar o primeiro sumo, aquele que me prometia dar energia para começar o dia. Alegria! Era saboroso e conseguiu satisfazer logo pela manhã. Deu logo um novo ânimo para enfrentar o resto do dia e aumentou a curiosidade quanto ao que vinha a seguir.
O segundo sumo foi bebido por volta das 11 horas da manhã e também se revelou uma boa surpresa. Na altura ainda não tinha vontade de consumir mais nada, por isso senti-me bem.
Por volta da hora do almoço fui buscar o terceiro sumo, um dos que mais temia por ter ingredientes mais verdes. O risto de ter um sabor menos agradável era forte. Mas também esse se revelou uma boa surpresa, se não a melhor de todo o dia. Mas foi pouco depois que começaram as primeiras dificuldades.
Talvez por estar habituada a comer melhor ao almoço, comeceu a sentir uma ligeira fraqueza. Não tinha fome, mas notei falta de energia e uma leve tontura. Descansei um pouco, continuei a beber água (o que deu ainda mais trabalho aos rins) e fui apanhar sol (felizmente o céu não estava nublado!). Senti-me melhor.
Duas horas depois chegou a hora do quarto sumo. Também este tinha um sabor agradável. Contudo, a mente já ia para temas proibidos. Como era bom comer uma torrada… e um queijo? Pode ser uma tosta? Batatas fritas! Não tinha fome, mas uma grande vontade de comer algo salgado. Até bolachas de água e sal pareciam algo apetecível. A doçura dos sumos era agradável, mas a falta de algo salgado e a vontade de mastigar estava a fazer os seus efeitos.
Chega a hora a que costumo jantar e vem o quinto sumo. Confesso que este teve um sabor que não me agradou tanto. Mas o que menos me agradou foi mesmo o último sumo, o que bebi pouco antes de me deitar. A junção de sabores não me convenceu, mas fiquei agradada por ter sido o que era mais saciante, de forma a fazer aguentar uma noite de sono sem a sensação de barriga vazia.

Resultado
No dia seguinte acordei bem, sem sentir uma fome fora do normal. Fiquei muito feliz por não me sentir mal e nem por ter saído da cama a correr em direção à cozinha. Pesei-me. Tinha menos um quilo. Tomei um pequeno-almoço ligeiro e senti-me e procurei fazer uma alimentação mais cuidada durante o dia. Senti-me bem. Não sei se livrei o meu corpo de muitas toxinas ou não, mas estava com energia e bem-disposta. Fiquei orgulhosa por mim por não ter caído em tentação e ter feito tudo à risca.
Ter começado por um dia foi uma boa aposta. Agora tenho uma ideia de como vou reagir e fiquei com vontade de, daqui a uns meses, experimentar um plano com maior duração. Espero daqui a uns meses estar a escrever sobre a minha experiência com uma dieta detox durante três dias. E espero mesmo que também corra bem. Logo vemos!