
Algumas semanas antes do início do novo ano letivo, os pais partilham as suas opiniões sobre o regresso presencial às aulas e as dificuldades que enfrentarão, caso as escolas e os jardins de infância não reabram devido à pandemia de COVID-19.
Num inquérito realizado pela Yoopies – plataforma internacional que permite conciliar a procura e a oferta de cuidados infantis e serviços domésticos – à sua comunidade, apenas 44% dos participantes esperam que os seus filhos possam regressar à escola no futuro próximo. Por sua vez, 56% dos inquiridos temem uma segunda vaga da doença e mostram-se preocupados com a segurança das crianças e com o bem-estar geral da família.
A situação profissional tem peso
Entre os pais que afirmam apoiar a decisão do Governo de levar as crianças de volta à escola em setembro, da forma tradicional, 60% trabalham a tempo inteiro, 25% trabalham a tempo parcial e 15% não trabalham.
Em geral, apesar dos pesares, este regresso é considerado fundamental para o reinício de uma vida “normal” para toda a família. Ou seja, para que os pais possam concentrar-se no trabalho e para que as crianças e os jovens possam reintegrar-se num contexto social e educativo, que é fundamental para o seu crescimento.
Como fica o trabalho dos adultos?
Embora 73,3% dos pais admitam que a rotina se torna complicada quando estão em a trabalhar em casa e a cuidar dos filhos, em simultâneo, os portugueses também demonstram ser flexíveis quanto às possibilidades de teletrabalho ou de trabalho a tempo parcial.
De acordo com o inquérito, 81% diz que um dois pais pode ficar em casa com as crianças se as escolas voltarem a fechar portas, enquanto 19% afirma que nenhum dos pais (ou progenitores individuais) teria a possibilidade de fazê-lo. A escolha destas famílias seria, portanto, entre a interrupção do trabalho (desemprego ou licença sem vencimento para aqueles que estão empregados), o apoio de outros membros da família e, eventualmente, a contratação de uma ama ou babysitter a tempo inteiro, o que afetaria negativamente a estabilidade económica de muitas famílias.
Um consenso claro em (quase) toda a Europa
Apesar do aumento de casos em toda o continente europeu , a maioria dos pais quer mandar os seus filhos de volta às escolas em setembro – à exceção de Portugal. A percentagem de pais que desejam a reabertura das escolas é a seguinte: França: 78%; Lituânia: 77%; Reino Unido: 76%; Itália 63%; e Espanha 59%.