Todos devemos pensar duas vezes em atitudes que já fazemos quase em modo automático. Exemplo disso é o desperdício alimentar, de que tanto temos ouvido falar ultimamente. Sem nos apercebermos, deitamos fora partes mais “feias” dos alimentos ou mesmo os restos daquele jantar que já não fica assim tão bom no dia seguinte.
Pois bem, cá por casa, há muito que se come redon (àqueles que não estão familiarizados com a expressão, é uma abreviatura algo sofisticada de “restos de ontem”). Não só gosto de experimentar coisas novas na cozinha, como não gosto de deitar comida fora. E que melhor aliado nesta caminhada que um livro de receitas “Desperdício Zero”?
Pois bem, embora goste de cozinhar, a verdade é que sinto que a falta de tempo me foi tornando mais “básica” nos ingredientes. E a iniciativa do Pingo Doce, com o lançamento do livro Desperdício Zero: à mesa com o Pingo Doce, veio dar uma mãozinha. Mal posso esperar para experimentar todas as sugestões que por lá nos dão!
Esta semana, como desafio #cartabranca, quis experimentar algumas delas. Porém – devido a imprevistos fora do meu controlo – acabei por só conseguir testar uma. Mas devagar se vai longe, certo? E a verdade é que o resultado final valeu por muitas. Pelo menos, cá por casa, foi um verdadeiro sucesso (e acreditem que o meu namorado tem o seu quê de esquisito).
Viajando até às páginas 178 e 179 do livro, encontramos a receita de um “Empadão de pão com peixe”. No canto superior, está – como nas restantes páginas – escrito, junto a uma imagem, qual o ingrediente “chave” da receita – isto é, aquele que, normalmente, desperdiçaríamos. Neste caso, as sobras de pão. Além disso, no final, encontramos todas as informações nutricionais.
Na galeria, partilho algumas imagens – incluindo a da receita – que mostram o início e fim da experiência que fiz. Alterei ligeiramente as quantidades, para sobrar para o dia seguinte, porque tinha mais peixe (no caso, bacalhau) e pão do que o indicado, e, em vez da salsa ou coentros, usei cebolinho porque era o que também tinha.
O cheirinho começou a sentir-se pela casa a meio do tempo no forno e, com ele, começou a crescer-me água na boca. Felizmente, o sabor correspondeu – sim, porque não há nada pior do que ansiar por um prato que cheira maravilhosamente e o sabor ser uma desilusão, certo? A textura também é perfeita – por cima, o pão fica ligeiramente tostado e o restante é estilo “açorda”. Sem dúvida, algo que será repetido por aqui.
E vocês, costumam aventurar-se na cozinha? Quais os ingredientes mais inesperados que já usaram numa receita? Partilhem as vossas ideias connosco, nas redes sociais, identificando a ACTIVA e usando a hashtag #cartabranca. Voltamos a encontrar-nos no dia 15. Até lá!