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Nos últimos anos, a área da saúde e bem-estar tem estado, cada vez mais, “na moda”. Vendem-se livros de autoajuda, promove-se a meditação e nunca tanto se ouviu falar de mindfulness. Isto é, da “atenção plena”, que, no fundo, resume a prática de prestarmos atenção ao presente, libertando-nos de preocupações passadas ou futuras.
Pois bem, esta foi mais uma semana dedicada a tentar reduzir a minha tendência a preocupar-me com coisas que não consigo controlar. Após ter passado uma semana a meditar diariamente, pela manhã, tive #cartabranca para adotar um novo hábito que promete acalmar a mente. Desta vez, fi-lo à noite, antes de dormir.
Mas antes de vos contar do que falo, preciso de fazer um breve comentário. Apesar de sempre ter tido o meu quê de ansiosa, e de procurar formas de diminuí-lo, nunca dei grande crédito a estas “fórmulas mágicas” de que tanto se fala. Afinal, experimentei algumas e voltei sempre à estaca zero, tempos depois.
Recentemente – e muito devido a estes desafios semanais – mudei o discurso. Porquê? Porque acredito verdadeiramente que nunca funcionaram comigo porque eu nunca o permiti. Isto é, nunca lhes dediquei o tempo devido para que se tornassem, de facto, hábitos. E se eu não os consigo manter na minha rotina, como é que posso esperar resultados?
Como na maioria das questões, a consistência é chave. E creio que é esse o grande segredo por trás de todos os hábitos com grandes promessas a longo prazo. Afinal, sou a única culpada por ser ansiosa e, ainda por cima, querer resultados para ontem. Mas ninguém é perfeito, não é verdade? E acho que mereço uma segunda oportunidade. Ou terceira. Ou…vocês entendem.
O hábito
Falemos do que importa. Ao longo desta semana – e mesmo nos dias em que o sono quase falou mais alto -, comprometi-me a fazer uma lista com as coisas boas (pelo menos, três) que me tinham acontecido ao longo do dia. Uma espécie de lista de gratidão.
O objetivo desta rotina é tornar-nos, precisamente, mais atentos ao presente, àquilo que vivemos no dia-a-dia, e menos preocupados com o que já aconteceu ou pode vir a acontecer. Ah, e, claro, mais gratos pelas pequenas coisas.
Esta revelou-se uma tarefa nem sempre fácil. Lembrarmo-nos de coisas que nos fizeram sentir bem ao longo do dia revela-se desafiante, precisamente porque, por norma, não estamos a prestar atenção. Mas há forma de dar a volta.
No meu caso, o que fiz foi tentar não escrever por escrever. Dediquei uns segundos ou minutos a cada tópico que escrevia na lista, para os “sentir” verdadeiramente (se é que isto vos faz sentido). Quis tentar apreciar aquilo pelo que estava grata e não apenas escrever algo “clichê”.
O feedback é que esta pode ser uma experiência bastante gratificante. Não estamos habituados a pensar (e, sobretudo, a aproveitar) nas coisas que nos fazem sentir bem, pelo que fazer esta lista conscientemente nos mostra que temos muito a agradecer.
E mesmo quando tivemos um dia menos bom e parece que não nos conseguimos lembrar de nada, há sempre algum pormenor que “podia ter sido pior”. Esteve sol? Comemos algo de que gostamos? Ouvimos aquela música que adoramos? Temos saúde? Temos família e amigos com quem contar? Há sempre alguma coisa. E essa é a maior beleza de prestar atenção (com olhos de ver).
Contem-nos, pelas redes sociais, quais os melhores hábitos que já adotaram nas vossas rotinas. Houve algo que transformasse a vossa vida ou vos libertasse do stress? Usem a hashtag #cartabranca e identifiquem a ACTIVA. Bom resto de semana e até dia 19, que vou aproveitar uns dias de férias!
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