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O governo da Noruega deu um passo importante na luta contra a dismorfia corporal. A partir de agora, qualquer foto com manipulações na forma/tamanho do corpo ou na pele deve ser sinalizada com um selo criado pelo Ministério da Criança e da Família norueguês.
Inicialmente, a medida abrange apenas anúncios ou conteúdos patrocinados, e tem como objetivo criar redes sociais mais reais, evitando que certos padrões de beleza inalcançáveis sejam glorificados. Esta regra também é válida no caso de filtros usados – antes ou depois de a foto ser tirada –, e deve ser seguida em plataformas como o Facebook, Instagram, Snapchat, TikTok e Twitter. Quem violar a lei pode ser punido com multas, cujo valor é crescente, e, dependendo do caso, até mesmo com uma pena de prisão.
O governo norueguês sabe que esta não será uma tarefa fácil monitorizar todas as publicações, uma vez que as alterações nem sempre são óbvias. Um ponto levantado pelos influenciadores prende-se com outro tipo de edições como, por exemplo, a alteração da luz e saturação da imagem, que podem mudar o tom da pele. Apesar dos pesares, as estrelas das redes sociais do país parecem estar satisfeitas com as mudanças.
“Os filtros deviam ser algo divertido, algo que nos faz sorrir, e não algo que cria um falso padrão de beleza”, afirmou a influenciadora Annijor Jørgensen, em declarações ao jornal local Verdens Gang.
O projeto chega como uma resposta ao conceito de “kroppspress” (ou “pressão estética”, em norueguês) e como isso afeta os jovens no país. “A pressão estética sempre está lá, muitas vezes impercetível e difícil de combater”, escreveu o Ministério da Criança e da Família na proposta de emenda enviada ao parlamento da Noruega. “Esperamos que esta medida seja uma boa contribuição para o impacto negativo que a publicidade tem, principalmente nos jovens”, acrescentou.