Boa música, bons mariscos, niguiris, flirts, copos de vinho, negócios fechados, encontros e desencontros. É isto que o SEA ME – peixaria moderna tem proporcionado, desde que abriu as suas portas em novembro de 2010, há 12 anos, na Rua do Loreto, paredes meias com o Largo de Camões. Agora, o “balcão” cresceu quase na porta ao lado, no número 57, num espaço informal, em que se servem “big bottles” e se abrem diferentes tipos de ostras. Desfrute dos sabores do SEA Me – Next Door, no coração de Lisboa.
.
O espaço
O projeto de adaptação do espaço tem a assinatura do arquiteto Ricardo Antunes (o mesmo que em 2010 assinou o SEA ME – peixaria moderna). Com 40 lugares, o epicentro do restaurante é o seu balcão, forrado com a madeira de um barco em tons de azul e ladeado por três mesas comunais revestidas por azulejos escama de peixe.
Junto a um dos janelões, encontra-se uma simpática e pequena mesa, iluminada por um grande Rascasso, em néon. Os tetos foram “vestidos” por três camadas de redes de pesca, trazidos do porto de Olhão e a iluminação é-nos dada por covos utilizados na apanha do polvo, também eles trazidos da vila piscatória da Fuzeta, no sotavento algarvio. Apesar do espaço não ser grande, nem todos os pormenores conseguem ser descobertos na primeira
visita.
Proposta gastronómica
O chef Elísio Bernardes assina a viagem atlântica do número 57 da Rua do Loreto. Mantendo alguns clássicos da marca, como o niguiri de sardinha assada e o prego do lombo, é notória a sua preocupação com a importância da origem e o seu processo de confeção, algo pouco comum e bastante diferenciador na forma como apresenta os diferentes pratos.
Como qualquer “balcão”, promove-se a interação com as diferentes equipas que trabalham à vista, sem quaisquer barreiras arquitetónicas. Desde o waffle de atum, à bomboca de choco, às línguas de bacalhau com húmus de coentros ou à maionese de raia, todos os pratos são uma ode à nossa história marítima, recriados de uma forma descontraída e divertida, como é apanágio da marca.