Como começou a trabalhar com joalharia?
Sou arquiteta mas como casei com uma pessoa que sempre esteve ligada aos relógios e mais recentemente às joias, acabei por enveredar por aqui por afinidade. O António Moura é importador de marcas de relógios, algo que nasceu com a Ómega, (na altura com o pai e o tio), tiveram todas as grandes marcas de relógios na altura. Mais recentemente também passou para outras marcas e há cerca de 10 anos começou no mundo das joias mais concretamente. Primeiro com a Chaumet, depois H-Stern, Mimi (uma marca italiana) e mais recentemente com um projeto que estamos a desenvolver com marcas portuguesas, 100% feito em Portugal. Um projeto que arrancou em Junho deste ano.
Eu mantenho a minha atividade na arquitetura e paralelamente acumulo a função de relações públicas na OMoura. No entanto, sempre estive ligada a esta área, vou por exemplo, à feira de Basileia há 25 anos, a maior feira dos relógios e das joias… Há 10 anos criámos este ‘departamento’ de relações públicas, quando ainda ninguém nas joias tinha este tipo de gabinete… digamos que fomos um pouco os precursores neste âmbito. Também arranjámos uma imagem associada à marca, por exemplo, com a Chaumet e a Bárbara Guimarães.
Como é o seu dia-a-dia profissional?
É uma correria, a tentar gerir o que é mais importante e urgente em cada momento. É definir prioridades e tentar conseguir conciliar tudo. Às 8h30 estou no escritório e se chegar às 9h30 já acho que cheguei tarde. Mas depois não tenho rotinas, também estou fora do escritório, a contactar pessoas, não almoço sempre à mesma hora… não há uma rotina de funções.
Mas as suas funções na OMoura passam por…?
Contactar com jornalistas, facultar informação e as novidades das marcas, fazer eventos pontualmente nas lojas e pontos de venda, fazer apresentações à imprensa ou aos clientes…
O meu papel é mostrar às pessoas que as joias são uma coisa importante, já existiam na antiguidade e vão continuar a existir, a mulher em concreto vai continuar a gostar delas (e de pedras preciosas) e o meu papel é mostrar que as coisas continuam vivas. Depois, todas as marcas têm histórias para contar, algo que me entusiasma e dá prazer. A Chaumet, por exemplo, faz 230 anos, é a mais antiga marca joalheira e o Napoleão Bonaparte foi praticamente o primeiro cliente, é uma marca com uma envolvência muito interessante. Este ano a Chaumet lançou uma nova coleção que é a Josefine, em homenagem a Napoleão e ao seu amor por ela, apresentam um pequeno excerto de uma carta de amor dele… e a mim entusiasma-me imenso passar essa informação à imprensa.
Que tipo de decisões tem de tomar no exercício das suas funções?
De alguma forma escolho as peças, (apesar das coisas estarem definidas em termos de estratégia internacional…) mas nós selecionamos as coleções e linhas que têm mais a ver connosco, há um moldar de acordo com o nosso gosto e o que sentimos que faz sentido em Portugal, há uma adaptação.
O que tem de especial trabalhar nesta área?
É uma área muito bonita, é arte, á trabalhar com estética, é também um paralelismo com a arquitetura. Também lido com pessoas, que é outra coisa que eu gosto de fazer, e depois na arquitetura tenho obra feita, tenho um projeto que se materializa. Nas relações públicas, muitas vezes, as ideias materializam-se em artigos, numa revista. E todo esse trabalho é interessante.
Quais as características das marcas que representam?
São joias femininas que transportam uma ideia, por exemplo; a Chaumet são os laços, é a história; a H-Stern é o Brasil, o calor, a sensualidade, o toque; a Dior é a exuberância, a alta-costura; a Mimi é o gosto italiano… Todas têm algo para dizer e é isso fascina-me.
Que materiais utilizam?
Ouro e pedras preciosas. A H-Stern vem do Brasil, a Chaumet e a Dior vem de Paris e a Mimi é feita em Itália. Vamos a feiras ou eles próprios fazem as suas apresentações das suas coleções, normalmente são apresentações anuais.
Das duas artes qual a que mais a fascina?
A arquitetura. Há uns anos também comecei a fazer arquitetura de interiores em ourivesarias, em muitas lojas, cerca de 50 em Portugal, de Norte a Sul do país. Portanto, é uma outra componente que veio pelo contacto com as joias.
Como definiria as suas clientes?
São todas diferentes. Normalmente são pessoas cujo gosto tem muito a ver com a sua personalidade e o meio em que se inserem. Mas hoje em dia cada vez mais as pessoas gostam de ousar e de sair da zona de conforto e daquilo a que habitualmente usam, entrando noutras marcas.
Qual a sua relação pessoal com as joias?
Continuo a gostar muito de joias e a não conseguir sair de casa sem brincos, por exemplo, ou um anel. Para mim são imprescindíveis.
Qual o seu critério para usar uma joia?
A roupa que visto, e depois, reforço ou não, conforme o sitio onde vou.
Como gostaria que observassem?
Como alguém perfeccionista.
As joias são um bom investimento porque…?
Porque estão associadas a grandes momentos da vida e à emoção, o que é mais forte do que qualquer outra coisa.
Os seus designers favoritos são…?
Gosta da Victoire de Castellane ao nível de obra de arte. Também aprecio a criatividade da H-Stern, que tem coleções inspiradas nas pessoas… não sei, gosto das minhas marcas todas. Muitas vezes, não é só o design que interessa, é também a história e envolvência que está por trás. Acredito que hoje em dia já não é só o objeto pelo objeto, é tudo o que nos envolve.
Por que é que as joias representadas por OMoura seriam um bom presente de Natal?
Porque são intemporais e marcam momentos, marcam o carinho que as pessoas têm umas pelas outras, mais do que qualquer outro objeto.
Projetos para o futuro?
Continuar a ter peças bonitas e a ver o mundo de forma positiva e ultrapassar tudo, não é preciso estar pessimista para se ultrapassar períodos complicados, pelo contrário… e uma joia é sempre um brilho e alegra sempre quem dá e quem recebe. Há aqui uma dualidade fantástica; o prazer de oferecer também é outra coisa muito importante.
Onde podemos comprar as peças que representam?
O melhor será visitar o nosso site:
http://www.omoura.pt/, onde temos as nossas marcas e pontos de venda.
</<P itxtvisited="1">
** Este artigo foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico **
Clique para subscrever a NEWSLETTER ACTIVA.pt!
P>