
Gonçalo Peixoto apresentou no último dia da 64.ª edição da ModaLisboa a sua coleção outono-inverno 2025/2026, intitulada “Back to the Office” (ver fotogaleria), com inspiração no fime “O Lobo de Wall Street” (2013).
Ao site da Activa, o designer, de 28 anos, revela que imagina o regresso das mulheres ao trabalho, após o período de férias de verão, cheio de cor, brilho, lantejoulas, casacos de pelo e muito sex appeal (ingredientes que fazem parte do ADN da marca). Porque até o glamour pode ser conjugado com um lápis preso ao cabelo. Em março do próximo ano, o estilista celebra 10 anos de carreira.
Concluídos os trabalhos criativos e de confeção, ao ver uma nova coleção desfilar na ModaLisboa, qual o estado de espírito enquanto criador?
Tenho sempre um grande nervosismo momentos antes de apresentação uma nova coleção, mas também acredito que, no dia em que deixar de ficar nervoso, deixo de aparecer. É a expetativa de perceber se aquilo que as pessoas esperam é o que elas irão ver no desfile. Quero que as pessoas gostem efetivamente do que vou apresentar.
O que pode contar sobre a coleção outono-inverno 2025/2026?
Chama-se “Back to the Office”. É de inverno e será para surgir após o período de férias. Pretendo que seja uma coleção de empoderamento feminino e sensual. Acho que é uma coleção muito bonita. É para ir trabalhar, vão é para o escritório de uma forma mais sexy.
Descreva a sua última coleção em três palavras?
Gonçalo Peixoto (como se fosse uma só palavra), sexy e escritório.
Continua a apostar em coleções exclusivas para mulheres?
Ainda não há nada só para homem, mas há muitas peças que eles podem usar. Há casacos grandes e fatos que são completamente unissexo. Até porque tenho muitos clientes que compram para os dois sexos.
Em março do próximo ano celebra 10 anos de carreira. Qual o balanço?
Estou muito feliz. Considero que a marca entrou de uma forma boa no mercado. Sinto que somos reconhecidos pelo nosso trabalho. É isso que me satisfaz e para o qual trabalho todos os dias. Claro que há sempre muita coisa em que podemos crescer.
Qual o seu principal objetivo enquanto designer de moda?
Quero focar-me na internacionalização da marca. E posso afirmar que está a correr bem. Em todas as estações e coleções que fomos apresentando até então, temos figuras públicas internacionais a usar peças. Mas lá fora é como em Portugal: começamos por uma figura, depois a mensagem espalha-se, até chegarmos a outra. E assim em diante.
Qual a estrela internacional que mais gostava de ver usar uma peça sua?
Se fora para sonhar, a [cantora] Rihanna.
Texto: Nuno Pires