A Yves Saint Laurent Beauté apresentou, num pequeno-almoço intimista, os novos embaixadores da marca. Raquel Prates é um dos nomes que integra a nova squad e falou em exclusivo com a ACTIVA online sobre o conceito de beleza, a idade e a elegância. Três elementos de um todo, de uma mulher que se conhece inteira e que gosta cada vez mais da liberdade de ser tal e qual como é.
Como define a beleza?
Como tantas outras definições, a beleza não é estática e está associada às emoções. Assim, não existe uma resposta definitiva. Será mais correto dizer que a beleza será sempre imperfeita, na minha perspetiva. Nessa equação há também um equilíbrio frágil entre tempo e espaço. Um tema para uma vida inteira.
Esse conceito vai, de facto, evoluindo. Hoje encara a beleza de maneira diferente?
Hoje, provavelmente, tenho mais ferramentas para que exista a tentativa de a definir com palavras.
E como reage aos padrões de beleza? Fazem-lhe sentido?
Os padrões de beleza fazem sentido porque são um reflexo da cultura social. Eles existem. Podemos ou não nos espelhar, aqui já é uma escolha de cada um de nós. E uma escolha livre. O que me preocupa é outra questão: a falta de originalidade.
O facto de várias gerações viverem obcecadas com os padrões “atuais” e a necessidade imediata de os imitar numa incessante comparação com os seus pares… Esquecendo a sua matriz natural e única, o que é, no mínimo, desolador. Para esta doença existiu uma enorme contribuição das redes sociais, que vivem destes paralelismos.
Completou 47 anos no início deste ano. A idade, além de sabedoria, traz também um olhar mais complacente sobre nós mesmas?
O prazer de perceber que não faz mal errar ou que a maioria dos problemas têm solução. Ter a consciência de que tudo a que me propus fazer, sempre acrescentou algo em mim.
Como se sente hoje no seu corpo?
A idade traz uma novidade, que se traduz num enorme privilégio em viver nele. E que se mantenha saudável durante muitos mais anos. O resto tem a importância que cada uma nós lhe damos.
Que cuidados de beleza não dispensa?
A liberdade.
Há uma elegância muito natural na Raquel. Este sentido estético é inato ou adquire-se?
Primeiro agradeço o lisonjeio, mas, como resposta, mais do que uma forma de estar, gostaria que a elegância fosse o reconhecimento de uma forma de ser. Com o que nos rodeia e de que maneira nos envolvemos na criação de fatores e plataformas essenciais para uma sociedade salutar. Não se compra e não se usa.