As relações que temos uns com os outros estão cada vez mais facilitadas, desenvolvidas e aprimoradas… ou não.
A verdade é que a existência das redes sociais não nos permite desenvolver realmente e de forma eficaz as nossas capacidades empáticas nem as (verdadeiras) ligações uns com os outros. É a realidade dos dias de hoje, e ter essa consciência já é meio caminho andado para fazer alguma coisa por melhorar, certo?
Os amigos estão cada vez mais longe – mais ainda com esta luta que enfrentamos, onde a “salvação” e a saúde de todos depende da distância física -, as famílias também (existem avós que só veem os netos através das fotografias do Facebook), o networking profissional é todo desenvolvido em eventos online, e até as relações entre namorados ou casados se desenvolvem à distância. E a verdade é que não é a mesma coisa. Não existe grande espaço para criarmos relações efectivas (e realmente afectivas), certo? Há que ter em atenção que, aos poucos, existe o real risco de nos deixarmos de importar. Como se costuma dizer “olhos que não veem, coração que não sente”.
Lidar com as pessoas é, então, cada vez mais desafiante. Manter os laços, desenvolver sentimentos à frente de um ecrã de computador. Atrevo-me a dizer: devemos desenvolver a nossa “criatividade de grupo” rumo a melhores resultados no âmbito das pessoas.
Lidar com as pessoas nos dias de hoje significa dar mais valor ao que tínhamos antes, e saber que nada está garantido. Saber que um telefonema à moda antiga é melhor do que um SMS ou um Whatsapp. Saber que nos devemos esforçar mais, sair mais da nossa zona de conforto.
Fazer com que as pessoas se sintam importantes é uma boa forma de as cativar ou de as aproximar de si (mesmo metaforicamente falando). As pessoas gostam de sentir e de verificar que os outros se interessam por elas. Gostam de falar sobre as suas vidas, os seus medos, as suas conquistas. Por isso, quem consegue desenvolver este dom de ouvir (realmente ouvir!) os outros, consegue aproximar-se deles com outra destreza, com outra elegância, garantindo assim melhores relações, melhores resultados no âmbito das pessoas.
De que forma podemos então desenvolver as nossas capacidades no que diz respeito à melhoria das relações com as pessoas que nos rodeiam? Seguem algumas dicas:
1. Ouvir mais do que falar. As pessoas gostam de falar sobre si mesmas, e quem tem a capacidade de as ouvir nunca é esquecido. Mostre interesse genuíno pela vida das pessoas que falam consigo.
2. Dê mais do que as pessoas estão à espera de si. Esta é uma das características das pessoas que conseguem atingir um outro nível e prosperidade. Estamos à espera de um golo do Cristiano Ronaldo? Ele dá-nos três. Esforça-se sempre por dar mais do que aquilo que esperamos.
3. Para conseguir a simpatia das pessoas, fale do que elas gostam e do que precisam. Primeiro conquistamos pelo coração, e depois pela razão.
4. Elogie as qualidades das pessoas. Não o faça a fingir, porque isso nota-se e sente-se! Esforce-se por identificar algo verdadeiro para elogiar, e faça-o.
5. Sorria. O sorriso atrai boas pessoas, boas energias, bons resultados. Sorrir pelo telefone? Sim, também se consegue, e sente-se. Por isso, não perde nada se tentar.
Os tempos mudaram, mas acredito que as necessidades das pessoas se mantêm. A forma como satisfazemos essas necessidades também pode ter mudado, por isso: sejamos criativos no que diz respeito à manutenção da proximidade com as pessoas!
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