Com frequência gosto de recordar a mim mesma e aos meus formandos, mentorados e clientes que crescemos na mesma proporção do nosso conhecimento, quando o sabemos aplicar.
A informação, de facto, não vale de nada de não for colocada em prática, experimentada, e, com relativa frequência, assisto à verbalização de frases que correspondem a crenças limitantes, tais como: “ainda não sei o suficiente para dar este ou aquele passo” ou “deixe-me tirar mais este curso ou aquela pós-graduação e aí sim, conseguirei fazer isto ou aquilo”. Nada mais enganador. Dois princípios:
- Nunca vamos sentir que sabemos tudo o que é necessário;
- Podemos ter cursos e pós-graduações, mestrados e até MBA, mas se não praticarmos o que aprendemos, vamos ficar de bolsos mais vazio e exatamente na mesma situação em que estávamos antes de frequentarmos essas formações — com alguma frustração à mistura, muito possivelmente.
A mente fica dormente se a enchermos com informação e se não fizermos mais nada em seguida. Acreditamos que estamos a evoluir, mas só nos estamos a confundir. Isto porque não cultivamos e desenvolvemos uma coragem necessária para colocar essa informação em prática.
Uma mente dormente é uma mente intoxicada com demasiada informação, sem a existência de próximos passos. Isto acontece, muitas vezes, porque os medos também começam a entrar nesta equação. O medo de não saber o suficiente, o medo de cair no ridículo, o medo da desilusão. Entre outros.
A propósito, gosto sempre de recordar que grande parte dos nossos medos acabam por não acontecer e, muitas vezes, decidimos não aproveitar determinadas oportunidades apenas porque estamos a dar demasiada dimensão ao medo (que não existe ou não se torna realizada). É injusto para nós, não lhe parece? Aproveito para perguntar: o que já perdeu na sua vida por dar demasiada atenção ao medo?
Como conseguir, então, construir aprendizagem com maior frequência, evitando assim a dormência da nossa mente? Seguem-se algumas formas de o fazer:
- Ser paciente com tudo o que aprende, porque o caminho faz-se com pequenos passos e colocando a informação em prática, transformando-a assim em real aprendizagem. Evite querer “saber tudo” em tempo recorde, porque a verdade é que a pressa não vai ajudar no processo da aprendizagem real;
- Trabalhar questões e crenças que alimentem em demasia os nossos medos. Já verificámos que a grande maioria deles não acontece. E a verdadeira aprendizagem surge através da entrada em acção. E, já agora, recordando: nunca vamos estar totalmente preparadas, e a perfeição na existe;
- Evitar pensar em demasia antes de entrar em acção. O mundo é de quem faz;
- Não esquecer que hoje em dia (e felizmente!), as empresas e o mercado em geral estão a valorizar mais os profissionais que sabem fazer do que os que apenas sabem. Por isso, invista nas suas soft skills e em colocar em prática tudo o que aprende.
E conte-me tudo, estou por aqui!
Obrigada pela confiança.
Próximos eventos e formações:
- Programa Intensivo de Liderança Feminina, 24 de Setembro
- Certificação em Coaching, Inovação e Criatividade, de 29 de Outubro a 3 de Novembro, Lisboa.
- E-book “A tua melhor versão em 10 passos”, link disponível nas redes sociais de Mafalda Almeida