No passado dia 12 de abril, foram revelados os resultados de um estudo, realizado nos Estados unidos, em seis centros de enfermagem do Michigan. Após recolha de mais de 1500 amostras das bordas das cortinas (as que separam cada cama) de 625 quartos dos doentes, durante o início do internamento, e ao fim de seis meses, caso estes se prolongassem, a descoberta foi mais que alarmante.
22% das amostras mostraram um resultado positivo para bactérias multirresistentes, isto é, mais de um em cada cinco casos. E o pior é que não é raro identificar que os pacientes – também analisados pelos autores do estudo – são portadores dessa mesma bactéria. Parece que aquilo que deveria garantir a privacidade dos internados, poderá contribuir para os adoecer ainda mais.
E o motivo do interesse nas cortinas, explica Lona Mody, coautora do estudo, é o facto de estas serem, muitas vezes, tocadas com mãos sujas. “A recomendação, ou estratégia, mais simples, é que toda a gente lavasse as mãos após mexer nas cortinas, e antes de tocar nos pacientes. Desde profissionais médicos, a visitas“, afirmou, citada pela Global News. Além disso, a especialista disse ser essencial que os hospitais tivessem uma rotina de lavagem daqueles materiais.
A agéncia France Presse citou também Mody, quando esta disse encarar este como um problema mundial: “Estes agentes patogénicos podem sobreviver nas cortinas e, potencialmente, ser transferidos para outras superfícies e para os doentes. Na medida em são usadas por todos, é um problema mundial“.