As exigências e cobranças diárias tendem a afetar a saúde mental, principalmente durante a pandemia, um período de maior vulnerabilidade emocional em todo o mundo.
Entre as consequências do cenário atual estão o stress e a síndrome de burnout, condições que têm de ser reconhecidas, diferenciadas e tratadas individualmente. Embora o stress seja uma parte diária da experiência humana, o burnout não tem de ser, explica a terapeuta familiar Jeanie Chang ao site da CNN. É normal que o stress faça com que uma pessoa se sinta sobrecarregada, mas essa resposta emocional é um fator diferencial, acrescenta.
O burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, stress e esgotamento físico resultantes de experiências profissionais desgastantes, que exigem muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa é o excesso de trabalho. “É quando se sente desiludida, desanimada e emocionalmente vazia. Já nada a perturba”, diz a especialista. A síndrome pode fazer levar à perda de interesse nas coisas de que gosta, prejudicar a sua produtividade diária e levá-la a questionar tudo, sendo que os outros podem notar mudanças na sua personalidade.
Já o stress é uma reação fisiológica natural do corpo a diferentes circunstâncias — não se limita apenas ao trabalho — que requerem um grande esforço emocional. Pode ser desencadeado por diversos motivos como, por exemplo, discussões, um divórcio, insónias e até mesmo fome. “É crucial aprender a gerir o stress no dia a dia. O primeiro passo é validar como está a sentir-se e porquê. Aprender a identificar os seus gatilhos e limites irá ajudá-la a ganhar um sentido de controlo. Além disso, pense nas coisas que a entusiasmam na vida e tente fazer delas um hábito diário”, aconselha Chang.
O burnout pode ser parecido ou ocorrer juntamente com a depressão, portanto a terapeuta sublinha que é importante procurar ajuda profissional se notar sinais de alerta.