No inverno, obtermos a dose diária recomendada de vitamina D – cerca de 600UI (15mcg), segundo o portal Tua Saúde – pode ser uma tarefa difícil. Os dias de chuva e céu cinzento são frequentes e o tempo passado em casa aumenta. Durante o confinamento, ainda mais. Por isso, quando surgem alguns raios de sol, há que aproveitar.
Contudo, surge uma questão: está sol mas frio, pelo que temos tendência a expor-nos à claridade, mas de janela fechada. E será que é eficaz? Será que conseguimos absorver vitamina D normalmente, com os raios a ter de atravessar um vidro? Parece que não!
De acordo com a nutricionista Rúbia Gomes Maciel, em conversa com o site minhavida, “isto ocorre porque os raios ultravioletas do tipo B (UVB), capazes de ativar a síntese da vitamina D, não conseguem atravessar os vidros“. Por isso, não adianta apanhar sol em casa ou no carro de vidros fechados.
Importa também referir que os raios que atravessam, de facto, os vidros, são os UVA, responsáveis pelos maiores danos na pele. Por isso, nunca se deve dispensar o uso de protetor solar – com uma exceção! Durante alguns minutos, para uma correta absorção de vitamina D, deve expor a pele ao sol sem proteção.
“Para se ter uma ideia, o protetor fator 8 inibe a retenção de vitamina D em 95% e um fator maior do que isso praticamente zera a produção da substância“, refere o neurologista Cícero Galli Coimbra, em conversa com o mesmo site. O especialista aconselha, no máximo, 15 a 20 minutos sem protetor. Após este tempo, deve sempre aplicar o creme no rosto e corpo.