O exercício físico regular e moderado é recomendado como parte de um estilo de vida saudável, porém também pode ser um gatilho comum para a enxaqueca.
Um estudo holandês de 2013, publicado pela revista científica The Journal of Headache and Pain, mostra que de 103 pessoas que sofrem de enxaqueca, 38% delas relatavam ter experienciado pelo menos uma causada por atividades físicas.
“Um dos critérios de diagnóstico para a cefaleia é que a dor pode piorar ou ser desencadeada pela atividade física e por determinados movimentos”, diz o neurologista Joey Gee à revista americana Allure. “Ninguém sabe realmente o motivo para o movimento poder causar enxaqueca, a não ser que parece haver uma conexão com atividades extenuantes repentinas”, acrescenta.
A organização beneficente britânica Migraine Trust sublinha que treinar pode ser um catalisador para vários fatores de risco para a enxaqueca, deixando o corpo mais vulnerável. A desidratação, a queda nos níveis de glicose e o aumento da demanda por oxigénio dos pulmões — tudo isto pode acontecer durante a prática de exercício — podem contribuir para o desencadeamento de uma enxaqueca. O exercício também pode elevar a pressão arterial, o que, ainda de acordo cm a entidade, pode ser um fator de risco.
A enxaqueca pós-treino, por vezes, também pode ter uma componente ambiental. “Estudos descobriram que as enxaquecas induzidas por exercícios ocorrem com mais frequência durante treinos em climas quentes e húmidos, ou em grandes altitudes”, conclui o especialista.