Quando foi tornado público que uma mulher israelita grávida e não vacinada testou positivo tanto para o novo coronavirus como para a gripe ao mesmo tempo, a comunidade médica acrescentou um novo termo ao léxico relacionado com a pandemia: flurona.
A expressão faz referência a pacientes que sofrem de COVID-19 e da gripe comum, seja simultaneamente ou consecutivamente. Não se trata de uma doença distinta, ou mesmo da combinação das duas doenças, mas sim de uma palavra usada quando alguém contrai ambos os vírus, explica o site Fortune.
Esta palavra pode ser uma novidade, mas os especialistas têm alertado para a possibilidade de um cenário em que os picos de casos de COVID-19 e uma temporada de gripe violenta, em simultâneo, sobrecarregariam os sistemas de saúde desde o início da pandemia.
Quais são os sintomas?
A gripe comum e a COVID-19 sempre tiveram sintomas semelhantes, incluindo tosse, nariz a pingar, dor de garganta, febre, dor de cabeça e fatiga. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as pessoas podem ter vários níveis de doença derivados da influenza ou da infeção causada pelo SARS-CoV-2, variando de nenhum sintoma a reações graves e potencialmente fatais.
Até agora, existem poucos dados sobre sintomas específicos relatados por pacientes com flurona. Em Los Angeles, nos Estados Unidos, um adolescente que testou positivo para as duas doenças relatou ter “sintomas leves”. Já a paciente israelita estava “muito doente”, embora já se tenha recuperado.
Os especialistas dizem que a infeção dupla tem o potencial de causar uma reação mais grave, sublinhando que a gravidade poderá depender muito do sistema imunitário de cada indivíduo e, talvez o fator mais importante, do facto de a pessoa ter sido vacinada (ou não) contra ambas as doenças.