Bem sabemos que a amamentação traz inúmeros benefícios para o bebé. Muitas vezes desafiante para as mães, este processo depende de inúmeros fatores – e a saúde mental é um deles. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo revelou que a ansiedade e depressão podem estar associadas a dificuldades em amamentar.
Luciana Camargo de Oliveira Melo, investigadora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), estudou a influência destes transtornos na autoeficácia (convicção das mães de que conseguiam amamentar os filhos). Foram acomanhadas 186 mães, através do Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2018 e 2019.
Após avaliações nos 60, 120 e 180 dias pós-parto, os resultados mostraram que aquelas que não sofriam com os referidos distúrbios de saúde mental obtiveram maiores níveis de autoeficácia no que toca à amamentação – o que se pode traduzir num maior período a amamentar exclusivamente.