O papel da alimentação na nossa saúde, em geral, é, de facto, muito importante. E embora isso seja uma verdade inquestionável ao longo da nossa vida, também é certo que há momentos chave em que a alimentação é ainda mais preponderante. A menopausa é um desses momentos. Sendo uma fase em que a produção de hormonas diminui e em que o metabolismo fica mais lento, o aumento de peso acaba por ser praticamente inevitável, com a gordura a acumular-se principalmente na zona abdominal. Contudo, os especialistas em nutrição são unânimes ao garantir que este é o alimento indispensável, sobretudo a partir dos 50, para quem quiser usar a alimentação para combater a inflamação característica deste período.
Falamos dos peixes oleosos, que são aqueles que contêm mais de 10% de gordura, como o atum, o salmão, a sardinha, a cavala ou a truta, e cujos ácidos gordos ajudam a reduzir a inflamação no corpo, aliviam os sintomas da menopausa e melhoram a função cerebral, a saúde cardiovascular e óssea. Além disso, também têm a capacidade de melhorar o aspeto da nossa pele, pois são ricos em triptofano.
A sua ação vai, contudo, ainda mais além, como comprova um estudo feito pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, que descobriu, ao estudar mais de 14 mil mulheres, que a alta ingestão deste tipo de peixes, bem como de legumes frescos, está associada ao início mais tardio da menopausa.