As portuguesas começam a optar por outras formas de contracepção hormonal – pílula, adesivo transdérmico, implante hormonal, anel vaginal -, sobretudo quando são devidamente informadas pelos seus ginecologistas ou médicos de família. Esta é uma das conclusões do estudo IMAGINE, levado a cabo por cinco investigadoras do Núcleo de Estudos de Contracepção e apoiado pela Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia.
A pesquisa, em que participaram 2011 mulheres portuguesas dos 17 aos 59 anos, mostrou que o número de mulheres que escolhiam a pílula como contraceptivo decresceu 32%, enquanto se registava uma subida da adesão a outros métodos hormonais.
Antes de receberem qualquer informação, 79% das inquiridas optavam pela pílula, 11% pelo anel vaginal e 10% pelo adesivo transdérmico semanal. Depois do aconselhamento médico, a preferência pelo adesivo subiu para os 15% e o anel vaginal, que registou o maior aumento, foi eleito por 26% das inquiridas.
O estudo pretendia avaliar o impacto do aconselhamento médico da escolha de um contraceptivo hormonal. As mulheres que mudaram para o anel vaginal justificaram-no pela menor probabilidade de esquecimento (67%), pelo facto de não perder eficácia com antibióticos, diarreiras ou vómitos – ao contrário do que acontece com a pílula – e pela facilidade de colocação.