Chamamos-lhes varizes e derrames, mas são apenas as consequências mais visíveis daquilo que os médicos conhecem por Doença Venosa Crónica (DVC). Deve-se à má circulação sanguínea entre o coração e as pernas e, segundo a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV), estima-se que afecte 25% dos portugueses.
As mulheres são as mais afectadas: “Estima-se que atinja 2 milhões e que só um quarto destas esteja a ser tratada”, afirma Armando Mansilha, médico e secretário-geral da SPACV. No entanto, a Sociedade acredita que a doença esteja sub-diagnosticada e que seja subestimada pela população, que tende a vê-la apenas como um problema estético.
Esteja alerta para sintomas como:
– Pernas cansadas
– Inchaço
– Dores nas pernas e tornozelos
– Cãibras nocturnas
Os factores de risco para desenvolver a doença são:
– Idade (sobretudo maiores de 40 anos)
– Obesidade
– Gravidez
– Passar muito tempo em pé e/ou sentada
– Tomar a pílula
– Fumar
– Falta de actividade física
– Predisposição genética
– Dieta pobre em fibras
– Uso frequente de roupa apertada
– Permanência prolongada em ambientes quentes
Para prevenir o seu aparecimento, a SPACV aconselha a:
– Fazer exercício físico regular, especialmente natação, ciclismo ou caminhada
– Usar sapatos apropriados, com um salto de 3 ou 4cm de altura
– Evitar roupas apertadas