A pesquisa, orientada e desenvolvida pelo pediatra Filipe Glória Silva, envolveu 1450 crianças das áreas da Grande Lisboa, península de Setúbal e Alentejo.
O especialista afirma: ‘Tendo em conta a metodologia do estudo e o facto de não existirem grandes diferenças entre regiões, pensamos que este dados refletem um panorama nacional de privação de sono nesta faixa etária.’.
Comparativamente aos dados de estudos semelhantes realizados nos EUA, Holanda e China, a pesquisa concluiu que as crianças portuguesas têm mais sintomas de sonolência diurna. ‘Estes dados contrastam com uma baixa prevalência de problemas do sono reportados pelos pais, por comparação com outros países, indicando que muitos destes problemas não são reconhecidos ou são tolerados, provavelmente por motivos culturais’, acrescenta.
O estudo observou, ainda, que as crianças pequenas se deitam quase à mesma hora que as crianças mais velhas, pelo que a manutenção de um tempo de sono adequado à idade fica muito dependente das sestas.
Dados que explicam a elevada frequência das perturbações do sono em bebés e crianças mais velhas e que levaram à criação de uma consulta do sono naquele hospital.