Em maio, numa carta publicada no New York Times, Angelina Jolie revelou que submeteu-se a uma dupla mastectomia para prevenir o cancro da mama. Tinha 87% de probabilidade de vir a sofrer da doença.
Desde então, os pedidos de informação femininos em relação à dupla mastectomia preventiva têm crescido em Inglaterra, revela a Cancer Research UK, que revela ainda que as chamadas para a linha de apoio quadruplicaram, assim como as visitas do site da mesma instituição.
Só no dia 14 de maio, dia do anúncio de Jolie, 15.920 pessoas acederam ao site para obterem mais informações sobre o cancro da mama. No mesmo dia do mês anterior apenas 3659 pessoas tinham feito esta pesquisa, o que representa um aumento de quatro vezes mais pedidos.
A Doutora Kat Arney, da mesma instituição, afirmou ao Daily Mail que existem progressos na prevenção da doença. “Agora sabemos informações sobre esses genes, sabemos como fazer os testes e podemos dar mais opções às mulheres sobre que atitude tomar. Em alguns casos, as mulheres vão decidir fazer a cirurgia e vão reduzir o risco de cancro numa quantidade bastante significativa”. Mas esta não é a única alternativa a seguir. “Existem medicamentos que podem reduzir o risco“, afirma. Estes fármacos funcionam através da supressão de estrogénio, uma hormona que desencadeia o crescimento do tumor.
Menos de um por cento das mulheres têm o gene BRCA1 – o mesmo de Jolie – ou gene BRCA2 , que é muito similar. Estes genes aumentam o risco de desenvolver cancro de mama entre 40 e 90 por cento, e também podem estar ligados ao risco de cancro no ovário.
As mulheres com história familiar de cancro de mama são aconselhadas a passar por uma triagem genética, feita através de um exame de sangue. A decisão de fazer a dupla mastectomia preventiva e de retirar os ovários depende dos resultados e do grau risco e deve ser muito ponderada e discutida com o médico.