
Bulat Silvia
O burnout, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional, é oficialmente uma doença diagnosticável.
A condição entrou na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) como um tipo de esgotamento físico e mental associado à atividade profissional. De acordo com a CNN, os critérios para diagnosticá-la são os seguintes:
1) Sentimentos de esgotamento de energia ou exaustão
2) Aumento do distanciamento mental do trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados com o trabalho
3) Eficácia profissional reduzida
O manual sublinha que antes de uma pessoa ser diagnosticada com burnout, devem ser excluídos outros distúrbios com sintomas semelhantes, como o transtorno de adaptação, ansiedade ou depressão, e é fácil entender o motivo – estes sintomas são familiares a qualquer pessoa que já tenha passado ou esteja a passar por uma depressão. Uma realidade que levou os primeiros investigadores a alertar para o facto de a dificuldade inerente a fazer essa distinção poder impedir o reconhecimento da síndrome do esgotamento profissional como uma doença.
Mas nas sociedades contemporâneas, assentes na carreira e no sucesso profissional, o burnout tornou-se uma epidemia e o primeiro passo é reconhecê-la. Resta saber como funcionará o diagnóstico na prática.