Seria repetitivo dizer que quando traçamos uma meta precisamos de ter foco, e não perder de vista o caminho que traçamos. Ter um plano de ação e objetivos smart, bem como um conjunto de crenças que nos ajudem a chegar lá, não serve de nada se perdermos o foco. Se deixarmos de prestar atenção ao caminho, e se nos perdermos no processo.

Quantas mudanças, quantas metas e objetivos não foram alcançados, porque perdermos o foco? Quantas vezes falhamos os timings a que nos propusemos por nos termos distraído com outros assuntos e problemas que não eram tão importantes?? E na realidade, quantas vezes nos sentimos falhados e sem motivação por causa disso? A resposta possivelmente é: demasiadas.

No mundo em que vivemos é cada vez mais difícil concentrarmo-nos numa única tarefa, dedicando a nossa atenção e capacidade neuronal a um só alvo, ao mesmo tempo que ignoramos um conjunto de estímulos externos.

Na realidade existe dois tipos de distrações: as sensoriais e as emocionais.

As segundas bem mais desafiadoras, e que resultam do redemoinho emocional que são as nossas vidas quotidianas. Para controlar esta variedade de distrações, o cérebro é forçado a usar os seus inibidores para silenciar uma determina emoção, e não nos deixar perder o foco.

Devemos ter em conta que existe uma linha ténue entre a ruminação inútil e a reflexão produtiva, e o quão fácil é cairmos no ciclo vicioso da primeira. Relembremos que a diferença entre uma e outra, e o fato de as reflexões produtivas nos levarem a soluções para os nossos problemas.

Quanto maior for a nossa atenção seletiva melhor conseguiremos permanecer absorvidos naquilo que precisamos fazer. Vários estudos mostram que sobrecarregar a atenção diminui o domínio mental. Para sobreviver a tudo isto, ao sem fim de numerosos estímulos do nosso dia a dia, muitos de nós vivem em piloto automático, sem perceber, a nossa mente vai executando as nossas habituais rotinas e ações.

Embora existam algumas vantagens numa mente divagadora, que dá aso à imaginação, fantasia e criatividade, a verdade é que maioritariamente a mente divaga para aquilo que são as nossas preocupações e problemas, impedindo-nos de nos focarmos nos nossos objetivos. Daí muitas vezes ouvirmos a frase: “foca te na solução e não no problema.

Mesmo uma mente criativa e mais intuitiva consegue melhores resultados se divagar sobre objetivos concretos. Sempre que a nossa mente divaga sem rumo é necessário fazê-la regressar.

Na base da atenção plena está o desenvolvimento da inteligência emocional, este conceito complexo que nos diz que podemos não escolher as emoções que sentimos, mas que podemos escolher como reagir.

Para manter o foco, dirigir a nossa atenção para os nossos objetivos e metas, é preciso saber controlar as nossas emoções, de forma, a não vivermos num verdadeiro corrupio sentimental, que nos descarrila na direção errada daquilo que traçamos.

Como podemos manter o foco e atenção seletiva naquilo que é realmente importante? A neurociência dá-nos três ténicas poderosas para conseguir manter o foco:

  • Autoconsciência (“O leme interno”): “conhece-te a ti próprio”. A consciência de si mesmo, problemas, fraquezas, virtudes, representa um foco essencial que nos harmoniza com subtis murmúrios internos e nos ajuda a definir e seguir o caminho traçado para as nossas metas;
  • Use a ténica da “Metacognição”- ou seja, pensar sobre o que está a pensar. Sempre que der por si a perder o foco, e a divagar com a sua atenção para outros assuntos, questione-se sobre o que está a pensar, e o porque daqueles pensamentos, perceba a razão pela qual a sua atenção o está a desviar-se lá. A capacidade de reparar no que estamos a pensar e sentir, como estamos a ficar ansiosos com isso, permite nos renovar o foco da nossa atenção;
  • Pratique ténicas de atenção plena, que lhe vão permitir ter reações menos automáticas e tirar conclusões menos precipitadas;
    Estas ténicas irão permitir-lhe maior controle cognitivo, e logo, irá conseguir focar-se naquilo que importa. Uma boa capacidade de concentração ajuda-nos a ser mais bem-sucedidos naquilo que traçamos como prioritário e importante para as nossas vidas.
    Da próxima vez que a exaustão mental e emocional se instalar, esteja atento aos padrões que levam à desconcentração e desenvolva a capacidade de analisar e evitar essas distrações.
    É importante estar atento aos perigos das multitarefas e do seu impato no nosso cansaço mental. Desta forma, quando der por si a ruminar numa situação, ou a fazer uma análise do passado ou previsão do futuro, questione-se, perceba as razões, não tente reprimir ou ignorar a situação; e mude o foco da sua atenção. Seja resiliente quanto às suas emoções e distrações, pois só assim poderá recuperar rapidamente e seguir em frente.

Lúcia Palma, Coach ICC n.º 14551, www.luciapalma.pt

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