As gorduras alimentares estão, há muitos anos, diariamente presentes na confeção dos alimentos na cozinha portuguesa. Fazem parte de hábitos alimentares dos portugueses que passam entre gerações e são difíceis de alterar. E estamos a falar das gorduras mais simples como o azeite para o refogado, o óleo para fritar as batatas, a margarina (ou a banha) para cozinhar um bife e a manteiga para barrar no pão.
No entanto, os jovens de hoje já têm uma visão diferente da utilização deste tipo de gorduras e, por essa razão, na sua grande maioria, utilizam apenas o azeite para temperar e para cozinhar, e cremes vegetais para barrar, em detrimento da manteiga ou da margarina.
Atualmente, as questões que se impõem são: Mas, afinal, que gorduras alimentares devem ser escolhidas para temperar e cozinhar? Quais as escolhas mais indicadas para uma alimentação equilibrada e saudável? Por mais que se fale em alimentação equilibrada e baixa em gorduras saturadas, a realidade é que os óleos alimentares ainda representam um papel relevante. No último ano, 8 em cada 10 portugueses compraram óleos alimentares. Contudo, o azeite já se apresenta logo em segundo lugar nas escolhas.
A verdade é que 58 por cento da população portuguesa tem mais de 50 anos, e é difícil mudar hábitos que acompanham as famílias há gerações. Porém, em oposição, estão as pessoas com menos de 34 anos, que repelem as gorduras alimentares quase por completo, mas que, de qualquer forma, na sua maioria, ainda desconhecem os diversos tipos de azeite.
Por exemplo, o azeite extra virgem tem menor acidez, geralmente até 0,8 por cento, e é considerado o mais saudável e benéfico no combate ao colesterol LDL (mau colesterol), e na prevenção da doença cardíaca e da diabetes. O azeite virgem, contém uma acidez entre os 0,8 por cento e os 2,0 por cento, e é extraído por processos mecânicos. É considerado uma gordura de boa qualidade, mas pode apresentar características inferiores em relação ao cheiro e ao sabor, quando comparado com o azeite extra virgem. Por último, o azeite refinado apresenta um índice de acidez superior a 2 por cento e é considerado menos apelativo no que respeita à cor, cheiro e sabor.
As “gorduras” que nos tornam mais saudáveis
Além da questão geracional, a pandemia é outro fator que veio desencadear alterações na ingestão de gorduras alimentares dos portugueses, uma vez que o “home made” se tornou importante e, nalguns casos, até moda.
As gorduras alimentares boas e preferenciais são as insaturadas, que podem ser encontradas no azeite, na castanha, nas nozes, nas amêndoas, na linhaça, na chia e no abacate. Além destes alimentos, estão também presentes em peixes do mar como, por exemplo, o salmão, o atum e a sardinha. Neste grupo de gorduras, incluem-se os ómega-3 e os ómega-6, que são gorduras essenciais para a manutenção das células e transporte das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K).
É importante avaliar a qualidade das gorduras alimentares, de forma a fazer escolhas mais adequadas e saudáveis. Para tal, a SYNLAB disponibiliza o teste Gorduras Alimentares, que reflete o consumo de gorduras presentes na alimentação nos últimos 3 meses. O teste é efetuado através de uma simples amostra de sangue, realizado em jejum de 12h, sem marcação nem requisição médica obrigatória. Os resultados devem ser interpretados com a ajuda de um nutricionista, através de uma consulta que está disponível para aquisição com o teste, para um ajuste saudável da alimentação.