Com a taxa de divórcios a subir sem dó nem piedade – em Portugal, em 2007, foram mais de 25 mil – os cientistas esforçam-se por encontrar respostas ‘racionais’ para explicar o fim da paixão. É o caso da professora Cindy Hazan, da Universidade de Cornell, em Nova Iorque, que quis saber quais as substâncias produzidas pelo cérebro humano que se encontram envolvidas no processo de enamoramento.
No estudo, identificou três que estão presentes em maior quantidade do que a normal na altura do enamoramento: a dopamina, a feniletilamina e a oxitocina. Porém, o efeito passa, ou seja, decorrido algum tempo os valores regressam à normalidade. Conclusão: os seres humanos estão programados a nível biológico para estarem apaixonados entre os 18 e os 30 meses. O mesmo é dizer que o homem e a mulher se encontram inatamente concebidos para se conhecerem, envolverem e gerarem uma criança. A partir daí, a paixão desvanece-se e encontram-se de novo no activo, prontos para iniciarem do ponto zero todo o processo de enamoramento.