Parece que o cérebro humano está preparado para contar grandes histórias e, se necessário, mentir a potenciais parceiros sexuais. Esta é a principal conclusão de um estudo publicado na revista científica “Journal of Experimental Psychology“.
“As pessoas têm uma maior probabilidade de mudarem as suas atitudes e de fazerem uma autoapresentação enganosa quando surge a possibilidade de terem sexo. Noutras palavras, elas embelezam e, por vezes, mentem,” escreveram os investigadores da Universidade de Rochester, em Nova Iorque, e do Centro Interdisciplinar Herzliya, em Israel.
Os investigadores analisaram um grupo de 600 alunos heterossexuais, nomeadamente os seus comportamentos enquanto interagiam com pessoas do sexo oposto. Durante o estudo, foram apresentados cenários aos participantes, nos quais eles foram instruídos a ter pontos de vista opostos. Um grupo foi exposto a imagens sexualmente sugestivas, enquanto o outro não.
Aqueles que foram submetidos aos “estímulos sexuais” eram mais propensos a contradizer as opiniões que tinham expressado anteriormente num questionário, dizem os autores. Em alguns casos, os participantes mentiram nas suas respostas sobre se gostavam de trocar carinhos ou se namorariam com alguém que fizesse exercício físico.
“Tais mudanças de atitude podem ser vistas como um exagero subtil ou uma tentativa inofensiva de impressionar, ou de criar proximidade de um potencial parceiro.”
Num exercício diferente, os investigadores descobriram que algumas pessoas mentiam sobre determinados assuntos como, por exemplo, o número de parceiros sexuais quando conversavam com um desconhecido bem-parecido.
“As pessoas fazem e dizem praticamente tudo para criarem uma ligação com um estranho atraente,” afirma Gurit Birnbaum, autor do estudo, num comunicado. “Quando o nosso sistema sexual é ativado, sentimo-nos motivados a apresentarmos a melhor versão de nós possível. Isso significa dizer coisas a um desconhecido que nos fazem parecer melhor do que aquilo que realmente somos.”