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Uma pandemia com grandes impactos na saúde pública e na esfera social, económica e política. Uma situação apocalíptica para muitos. Não há dúvidas de que 2020 ficou marcado pelo surgimento e disseminação do novo coronavírus.
Tudo mudou, e é normal que a conjuntura atual desperte vários sentimentos. Afinal de contas, se antigamente os nossos maiores problemas estavam relacionados com a falta de tempo e a correria do dia-a-dia, agora é o tempo livre “a mais” que causa stress e ansiedade. Para combatê-los, é importante que haja uma tomada de consciência de que por detrás desta crise podem estar oportunidades como, por exemplo, a de encontrar um sentido de propósito.
À medida que nos aproximamos do Ano Novo, e enquanto o mundo continua a tentar adaptar-se à nova realidade, o melhor remédio é mesmo optar por esta perspetiva de “copo meio cheio” e aproveitar para tirar algumas lições importantes. Aqui ficam cinco delas.
1. Devemos preocupar-nos mais uns com os outros
A pandemia ensinou-nos que devemos cuidar de nós. Mas, para além disso, também nos mostrou que é importante pensarmos nos outros. O isolamento tornou-se sinónimo de altruísmo, mais especificamente no sentido de proteger a nossa família, os amigos, vizinhos e aqueles que são mais vulneráveis.
Perante a adversidade, aprendemos a ser mais solidários e gentis; a oferecer ajuda para fazer as compras da semana dos idosos, por exemplo. Também não podemos esquecer-nos da comunidade da cultura e das artes, que se mobilizou para nos manter entretidos durante a quarentena. A criatividade falou mais alto e cada um doou um pouco de si, mesmo à distância, fazendo sobressair o que há de melhor na Humanidade.
2. Devemos valorizar mais os momentos especiais
A quarentena foi tudo, menos fácil. Mas também trouxe coisas boas. Na correria do dia a dia, muitas pessoas descuravam momentos preciosos; coisas tão simples como desfrutar da companha da família, brincar com as crianças sem pressas ou rever fotografias antigas. Fomos obrigados a estar presentes no momento. Quando tudo isto passar, certamente haverá uma nova apreciação por tudo aquilo que fazíamos e tomávamos por garantido, especialmente ao lado dos nossos.
3. Devemos cuidar da nossa saúde (física e mental) o ano inteiro
O contexto de pandemia gerou desafios de saúde mental pública em grande escala, o que se traduziu num aumento do stress. Dados preliminares de um estudo sobre o assunto dizem que, em Portugal, o agravamento do stress afetou um terço dos inquiridos e foi particularmente significativo entre os jovens adultos (36%). Este também é o segmento mais afetado pela solidão.
O confinamento fez com que muitas pessoas despertassem para a necessidade de terem o corpo e a mente ‘afinados’. E não há volta a dar: esse objetivo passa por adotar um conjunto de bons hábitos, incluindo melhorar a qualidade do sono, de modo a que este seja regenerador, a prática de exercício físico e seguir uma alimentação equilibrada. Motivos não faltam para colocarmos a saúde em primeiro lugar e esta crise fez-nos repensar o nosso estilo de vida.
4. Devemos ter mais atenção à higiene pessoal
Quem nunca tinha pensado muito sobre a importância de lavar as mãos agora estará mais do que consciencializado da importância desta medida simples de higiene. A chegada do novo coronavírus mostrou-nos que apenas 20 segundos podem fazer a diferença no sentido de evitar que fiquemos doentes e, também, que contagiemos os outros por tabela. A par de andar com álcool-gel na mala em todas as ocasiões, desconfiamos que este é um novo hábito que vamos levar para sempre.
5. O trabalho remoto não é assim tão mau
As empresas tiveram de se adaptar rapidamente ao teletrabalho. Pode haver uma dificuldade de comunicação aqui e ali, mas descobrimos que muitas funções podem perfeitamente ser desempenhadas em casa, bem como que muitas pessoas são mais criativas e produtivas neste regime. É nos momentos de crise que aprendemos e crescemos e, por conseguinte, parece que muitos modelos de negócio podem (e devem) ser repensados.