A forma como nos relacionamos com parceiros diz muito sobre o nosso tipo de vinculação afetiva.
Da autoria do psicólogo, psiquiatra e psicanalista britânico John Bowlby, a teoria da vinculação ou do apego estabelece uma relação direta entre os laços afetivos que se desenvolvem nos primeiros anos de vida de uma criança (dos zero os três anos) e o seu comportamento futuro, enquanto adolescente e adulto.
De acordo com o especialista, que se dedicou ao tema entre os anos 50 e 80 do século passado, o tipo de relação que se estabelece entre o recém-nascido e os pais, ou cuidadores primários, influencia e define os relacionamentos futuros, determinando o próprio desenvolvimento emocional e social do indivíduo.
O ser humano aprende sobre relacionamentos através do ambiente que o rodeia e dos cuidadores primários. À medida que cresce, amadurece e se torna adulto, numa nova vinculação a outra figura, pode “carregar” alguns desses padrões para os relacionamentos amorosos.
Os quatro tipos de vinculação
- Vinculação Segura: na infância, sabia que os seus pais ou cuidadores primários não ririam desiludi-la. Sentia-se amada, aceite e valorizada.
- Vinculação Insegura Ambivalente: na infância, precisava da aprovação constante dos seus pais ou cuidadores primários. Estava sempre atenta e certificava-se de que eles nunca estavam sozinhos.
- Vinculação Insegura Evitante: na infância, apercebeu-se de que não podia contar com os seus pais ou cuidadores e passou a vida a sentir-se rejeitada e desvalorizada.
- Vinculação Desorganizada: uma mistura entre o estilo ambivalente e evitante. Na infância, tendia a ficar frustrada porque não se sentia a amada.
O primeiro passo para resolver qualquer problema é tomar consciência dos padrões comportamentais de cada elemento do casal e, juntos, darem passos para construírem laços fortes. Afinal de contas, todos queremos e merecemos sentir-nos amados, seguros e protegidos nos nossos relacionamentos.