Depois do fim de um relacionamento, muitas pessoas eventualmente ponderam se devem aceitar o ex de volta. A resposta a essa pergunta pode ser difícil, porque a reconciliação requer uma confiança mútua entre duas pessoas.
“Sem ela, a reconciliação não é possível. As pessoas podem tolerar-se uma à outra ou ignorar defeitos até certo ponto, mas não estão verdadeiramente reconciliadas”, escreve o psicólogo Robert Enright, num artigo para a revista Psychology Today.
O especialista sugere ainda cinco pontos de reflexão que podem ajudar no sentido de tomar uma decisão sobre reatar com um ex:
A reconciliação pode levar tempo
Este é um processo que requer paciência de ambas as partes, uma vez que a confiança leva tempo a (re)construir, especialmente quando as mágoas são profundas ou se uma das pessoas já chegou ao relacionamento com o coração partido por terceiros;
A diferença entre reconciliar e perdoar
Tendemos a confundir os conceitos. Reconciliação não pode ser o mesmo que perdão, uma vez que não é uma virtude moral. Não se origina dentro de uma pessoa; é um conjunto de comportamentos entre pessoas, que basicamente consiste no restabelecimento da confiança mútua;
O que procurar num parceiro que agiu mal
Podemos começar a confiar em alguém quando observamos as seguintes características: remorsos (tristeza interior genuína nos olhos da outra pessoa); arrependimento (um pedido de desculpas falado que flui da tristeza interior genuína); e recompensa (tentar verdadeiramente consertar o que está errado);
Perdoar a ferida secundária que danificou a confiança
É possível perdoar a outra pessoa pelas ações que levaram à separação. Além disso, e muitas vezes esquecido pela maioria das pessoas, também pode perdoar a outra pessoa por trair a nossa confiança. Esta é uma ferida secundária que raramente percebemos que temos dentro de nós. Perdoar dessa maneira pode reduzir ainda mais a raiva.
Falsas formas de reconciliação
Se uma pessoa usa a ideia de reconciliação para dominar ou ser dominada, estamos perante de um falso tipo de reconciliação. No caso de quem é dominado por uma pessoa narcisista, por exemplo, enquanto não perceber a distinção entre perdoar e reconciliar, poderá voltar a uma relação física prejudicial, acreditando que é isso que o perdão exige.