A sucessão das estações do ano é algo natural, mas o fim do verão e o início do outono pode ser um período particularmente difícil para muitas pessoas. Há, na verdade, estudos que confirmam o impacto que a chegada do outono tem no nosso corpo e na nossa saúde mental. Isto porque o menor número de horas de luz solar influencia os níveis de serotonina, dopamina e noradrenalina, hormonas que controlam o humor, a ansiedade e o sono. Há, por isso, uma maior incidência da chamada tristeza sazonal, e os níveis de ansiedade podem aumentar.
O fim do verão também está associado ao fim de um período mais leve, sem tantas obrigações e com mais momentos de lazer e de socialização. A chegada do outono não significa, porém, um momento de maior introspeção e reclusão, mas a verdade é que marca o regresso à rotina, aos horários, aos compromissos e a uma maior inflexibilidade diária para o improviso nos planos. Esta consciência e constatação influencia, inevitavelmente, o humor e a própria energia com que se encaram os dias.
Este ano, especificamente, o outono também traz outras preocupações, como a inflação generalizada, a possibilidade de uma nova vaga de Covid-19, outras doenças associadas… Mas, como lembra Dr. Preston Cherry, em declarações à CNBC News, “vivemos na incerteza e não podemos controlar coisas como a inflação, a guerra ou os ciclos económicos. Lembrarmo-nos disso pode ajudar a aliviar um pouco a culpa e o stress causados por estas situações”.
A atividade física e a meditação são poderosos aliados para ajudar a combater a apatia, a ansiedade e as mudanças no ciclo do sono que se podem instalar nesta altura. Fazer atividades ao ar livre e em contacto com a natureza também ajuda muito a regular os níveis de stress.