Um estudo da Epson sobre a alteração dos hábitos de impressão revela que 59% dos pais acreditam que os filhos aprendem melhor ao interagir com objetos físicos do que com informações nos ecrãs.
No entanto, o estudo, que foi realizado para apoiar a gama de impressoras EcoTank sem tinteiros da Epson, revela que metade dos pais (50%) acredita que as crianças em idade escolar acabarão por fazer toda a sua aprendizagem através de dispositivos digitais e que os livros desaparecerão completamente da sala de aula.
Isto apesar do facto de quatro em cada 10 pais acreditarem que, no que diz respeito aos seus próprios filhos, estes não devem aprender apenas com recursos digitais. A psicóloga clínica, Leanne Hall afirma que as crianças pequenas leem de forma diferente nos ecrãs e que é melhor ler numa página impressa para interiorizar a aprendizagem.
“A investigação mostra que, quando lemos em ecrãs, o cérebro cria ligações diferentes entre as células do que quando lemos texto impresso. Isto significa que, ao ler num ecrã, o cérebro tem tendência para perder informação. Embora isto signifique que as crianças podem ler mais depressa e absorver mais conteúdo, é provável que estejam a absorver muito menos informação do que se estivessem a ler texto impresso”.
Sabemos também que a impressão é menos exigente do ponto de vista visual e fornece pistas espaciais e tácteis, ajudando o leitor a desenvolver um sentido de lugar e a concentrar-se melhor no que lê, ao contrário da leitura digital, em que é fácil “perder-se” ao percorrer o ecrã. Trinta e três por cento dos pais inquiridos consideram que os filhos têm mais facilidade em aprender a escrever com um lápis e papel do que a escrever num teclado.
A investigação também conclui que as fotografias impressas podem ser positivas para as crianças pequenas no desenvolvimento de um sentimento de pertença e de ter um lugar no mundo. Oitenta e cinco por cento dos pais concordam que os filhos se sentem mais próximos dos membros da família quando veem imagens impressas dos mesmos, e nove em cada 10 (91%) afirmam que estar rodeado de imagens de família em casa ajuda as crianças a desenvolver um forte sentido de identidade.
Contudo, devido ao aparecimento da fotografia digital e à partilha instantânea de fotografias nas redes sociais, mais de um terço não tem fotografias de família ou de amigos nas paredes de casa. Em vez disso, têm, em média, mais de 1000 fotografias de memórias familiares guardadas em telemóveis e tablets, a maioria das quais nunca vê a luz do dia e apenas 2% das quais são impressas ou expostas em casa.
“Embora percorrer um ecrã para ver fotografias digitais seja rápido e fácil, absorvemos menos informação dessa forma. Podemos perder pormenores e tirar conclusões erradas sobre o que lemos e vemos”, acrescenta Hall. “Para as crianças, as fotografias são uma janela importante para saberem de onde vêm e quem são. Criam e validam experiências que proporcionam um sentimento de pertença e de ligação. Especificamente, as fotografias impressas funcionam como pistas visuais que ajudam a aceder melhor a estas memórias, e a existência de uma imagem impressa em casa também proporciona uma oportunidade de falar continuamente sobre marcos importantes, algo que pode facilmente perder-se nas centenas de fotografias digitais guardadas num telemóvel”.