Durante muito tempo acreditou-se que quem é introvertido tem uma maior inteligência do que quem é extrovertido e os investigadores quiseram confirmar. Numa análise geral, percebeu-se que a personalidade pode afetar o desempenho em testes de inteligência, com os introvertidos a terem maior facilidade de se ficarem nos desafios e os extrovertidos a precisarem de mais tempo para serem precisos. Contudo, estes testes foram realizados em ambientes propícios aos introvertidos, com quietude e praticamente nenhum movimento, o que os pode ter favorecido em detrimento dos extrovertidos.
As investigações não apoiam quem se sente mais confortável em ambientes com mais estímulos. Por isso mesmo, em 2005, realizou-se uma meta-análise de 100 estudos com mais de 50 mil participantes que percebeu que as idades dos intervenientes era importante para os a obtenção dos dados.
Os jovens dos 10 aos 13 anos apresentaram uma relação positiva entre extroversão e inteligência, mas os dos 15 aos 19 já tiveram uma correlação negativa. As idades adultas também apresentaram o mesmo efeito negativo.
Sem conseguirem chegar a uma conclusão concreta, os investigadores decidiram então explorar os espectros da personalidade extrovertida. Perceberam que o desejo de estar com outras pessoas tinha uma associação positiva pequena com a inteligência, sendo que o contacto efectivo com outras pessoas tinha uma correlação praticamente nula.
O que quer isto dizer? Que não existe uma resposta clara a esta questão. Todos os estudos têm apresentado resultados inconsistentes que não permitem perceber se a ideia preconcebida de que os extrovertidos são menos inteligentes do que os introvertidos é mesmo verdade.