“… E foram felizes para sempre.” Geralmente é assim que acabam os contos de fadas que líamos em criança. Já se perguntou porque a história não ia mais além? Pois, é porque a parte mais excitante, a do coup de foudre, do encontro dos dois apaixonados já aconteceu, e a partir daqui é que começam os problemas! Imaginemos a continuação da história.

Depois da Branca de Neve ter encontrado o seu Príncipe Encantado e ter-se casado com ele, teve com certeza meninos. Engordou 20kg, teve dificuldade em perder os últimos cinco depois do parto, andava cansada por não conseguir dormir seis horas seguidas, de chegar a casa e ter de fazer o jantar e limpar a casa enquanto o seu príncipe via os torneios medievais entre o Benfica da Távola Redonda e o Sporting da Távola Oval. Resultado? Amuos e discussões.

A verdade é que a sentença final das histórias de encantar pode ser mesmo “… e foram felizes para sempre” desde que tenha a ressalva: *com alguns momentos menos bons.

Só tem de mentalizar-se que nem tudo vai ser um mar de rosas e que tem de encarar o seu relacionamento como algo que tem de ser trabalhado todos os dias… senão as Brancas de Neve saem de casa e vão viver com os sete anões outra vez.

Identifique as várias fases das relações para saber como ultrapassá-las.


Fase 1: Paixão assolapada

Parabéns, você está na fase mais apaixonada e inebriante de uma relação. Tudo é lindo e maravilhoso, uma lua-de-mel constante. Ele é perfeito. Você uma deusa. Assim que se viram foi fulminante. Nunca mais se largaram. Nada mais interessa do que estarem juntos. Esquecem-se de comer, adormecem e acordam a pensar na sua alma gémea. Não há espaço mental para mais nada, nem querem ver mais ninguém. Quando cedem em encontrar-se com outras pessoas geralmente é um desastre. São os telemóveis a tocar “só para te dizer que gosto muito de ti”…, os SMS com declarações de amor, ou então, quando saem juntos, os beijinhos a cada minuto que passa, os diminutivos que insistem em tratar-se à frente de todos e até os amigos do peito reviram os olhos quando ouvem ‘queriducho mai’lindo’, e ‘coisinha fofa’. Trocam-se juras de amor e a frase mais repetida é: “já não sei viver sem ti”.

Quanto tempo dura? Ora o que muitos cientistas dizem é que o cocktail de químicos (dopamina, oxitocina e feniletilamina) que um casal produz durante a fase de paixão do seu relacionamento pode durar até 18 meses, e em alguns casos pode mesmo chegar aos 30 meses. Há casos em que dura apenas um dia ou uma semana, mas vamos ser optimistas.

É problemático se… o seu historial de relações se limita aos momentos inebriantes e todos eles terminaram ao primeiro sinal de rotina.


Fase 2: Luta de galos

Pronto. Lá se partiram os óculos cor-de-rosa e você viu que ele não é encantado. Provavelmente, ao mesmo tempo que ele deixou de a considerar perfeita.

Está neste estádio se… abriram as hostilidades e trocam acusações. Mas ao contrário do que se possa pensar, é bom que haja diferenças, desde que as saibam reconciliar. E sobretudo é preciso não olhar só para os defeitos do outro, esquecendo que nós também não somos um poço de virtudes. Muitas vezes, esta fase coincide com o início da vida a dois sob o mesmo tecto. E aqueles hábitos que antes lhe davam para suspirar e achar graça, agora provocam-lhe uma úlcera ‘nervótica’. Antes de começar a trovejar, conte a até dez e explique as razões do seu desagrado. Ele faz ouvidos de mercador e continua a deixar a roupa para lavar espalhada pela casa toda? Não apanhe – por muito que lhe custe – ele não vai gostar de ver a sua querida roupa a servir de tapete. Está à espera que chegue a casa para lhe fazer o jantar? Diga que comeu qualquer coisa no trabalho.

Pode ser problemático se… as discussões forem em crescendo e não conseguirem perceber que é uma questão de sobrevivência a dois. Não é por acaso que se diz que ‘a falar é que a gente se entende’ e não: ‘a gritar, à biqueirada e cotovelada é que a gente se entende’.

Quanto tempo pode durar? Depende do tempo que levarem a chegar a um consenso. Há quem nunca passe desta fase. Há quem passe meses… até às tréguas. O que é importante é que se comprometam ambos, não apenas um.

Fase 3: Perigo! Beco sem saída

Depois do período conturbado que é a fase da luta de galos, goza-se uma segunda lua-de-mel, que precede uma outra de crise, mais concretamente de marasmo emocional. Cada um está virado para as suas rotinas e preocupações profissionais, desligando-se um pouco das necessidades do outro. Se não se tem muita força de vontade, é fácil cair em tentação, e os romances de escritório costumam aparecer por volta desta altura, assim como os flirt sem consequência. Fazem-se comparações em que o parceiro sai sempre em desvantagem, porque não lhe dá tanta atenção, não é tão carinhoso como ‘antigamente’… e sabe sempre muito bem a atenção que os outros nos dão.

Costuma ser frequente… em casais que já estejam juntos há mais de seis anos. Deixam gradualmente de conversar e de passar tempo um com o outro. A sensação é que apenas partilham o mesmo espaço.

Pode ser problemático se… ambos se afastam e não ninguém faz um esforço para recuperar a relação.

Quanto tempo pode durar? Dois anos ou vinte. Há quem nunca tenha a força de vontade e entra neste beco sem saída sem nunca mais inverter a marcha.

Para sair deste impasse, tem de perceber se a outra pessoa é mais importante para si que as suas queixas.

Fase 4: Duo perfeito

É nesta altura que começam a agir como se fossem uma equipa. Sabem que o outro tem defeitos mas aceita-os, preferindo dar mais importância às qualidades. Sentem que foram feitos um para o outro. Companheirismo é a palavra-chave e quando sentem que há problemas à vista não fogem deles, pelo contrário, querem esclarecer qualquer malentendido o mais rapidamente possível. Já têm experiência de como os problemas são como uma bola de neve.

Pode ser problemático se… um deles andar à procura daquilo que sentia quando nos apaixonamos, do tal cocktail de hormonas fabricadas pelo nosso cérebro. Isto pode acontecer porque nesta fase é normal o sentimento de perda e perdão. Perda dos ideais românticos e perdão por o seu parceiro não ser o príncipe encantado com que tinha sonhado.

Quanto tempo pode durar? Boas notícias: pode ser para sempre, desde que mantenham uma atitude positiva relativamente à vossa relação. 

Fique também a conhecer a mais recente edição da revista ACTIVA, com Catarina Maia na capa.

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