TESTE
1. Pensa num segundo filho muitas vezes?
a) Ocasionalmente. Quando a Luisinha está a abusar da minha paciência eu penso: ‘Se ela tivesse outro irmão com quem brincar, eu já não precisava de dar tanto banho à Barbie.’
b) Todos os dias. A Rita é tão sossegadinha, se me saísse outro igual, nem era assim tão complicado.
c) Nem pensar! O Joãozinho berrou como órfão dia e noite durante sete meses, nem sei por que é que estou a responder a isto.
2. Já discutiu a ideia com a outra pessoa envolvida?
a) Às vezes falamos nisso, mas ainda não conversámos seriamente sobre o assunto.
b) Ele também quer outro filho, detesta a ideia da Ritinha ficar filha única como ele, diz que nunca dá bom resultado.
c) Discutir o quê? Ele já com o Joãozinho passa a vida a dizer que não está preparado para ser pai…
3. Chega ao fim do dia…
a) Tão estoirada, que me pergunto como é que me meti nisto, mas tudo passa quando a vejo a dormir.
b) Cansada, naturalmente, mas qual é a mãe que não chega ao fim do dia cansada?
c) Como se me tivesse passado um autocarro por cima.
4. Fisicamente, sente-se preparada para outra gravidez?
a) Isso quer dizer o quê? Estou cansada, claro, mas o pior é estar mentalmente cansada.
b) Não sou a Supermulher, mas sinto-me razoavelmente composta.
c) Se me conseguir levantar de manhã, já vou com muita sorte.
5. Tem outras coisas que gostava de fazer neste momento além de ser mãe?
a) Ter tenho, mas ficou tudo um bocado adiado nesta altura do campeonato.
Se calhar, compensava adiar mais um bocado e ‘despachar’ já a segunda leva.
b) Até tinha, mas, francamente, já não me lembro.
c) É melhor não falar nisso que até me vêm as lágrimas aos olhos.
6. Sabe como é que há-de educar um segundo filho?
a) Não sou uma especialista, mas acho que, com alguma sensatez e alguns conselhos de pessoas mais experientes, vai correr tudo pelo melhor.
b) Leio tudo o que posso e informo-me o mais possível. Quero saber tudo o que pode fazer de mim uma mãe e educadora melhores.
c) Ehhhh…. Vamos a ver.
7. Acha importante que os seus filhos tenham idades próximas?
a) Teoricamente sim, porque depois podiam brincar um com o outro e sempre me deixavam mais à solta, mas para isso era preciso ter outro, tipo, já, não?
b) Sim, acho a relação entre irmãos próximos insubstituível na vida de uma criança.
c) Bem, se tiver o segundo quando o Joãozinho fizer 23, ele sempre pode tomar conta do bebé…
8. O que é que pensa dos filhos únicos?
a) Teoricamente, não acho que seja muito bom para a criança, mas há males piores neste mundo e conheço vários filhos únicos que são pessoas extraordinárias.
b) Em podendo escolher, preferia que o meu filho tivesse pelo menos um irmão.
c) Acho lindamente!
9. Sente-se financeiramente apta a ter mais um filho?
a) Sentir, não sinto, mas se fosse a pensar nisso, nem sequer tinha tido o primeiro.
b) Não sou rica, mas um segundo filho não me levaria à penúria total.
c) Hmmm… Neste momento, não me sinto financeiramente apta para nada.
10. Como é que a sua criança receberia a presença de um irmão?
a) Estou confiante que, com o apoio e o carinho adequados, não ia ser muito complicado.
b) É muito apegada aos pais, por isso talvez tivesse alguns ciúmes, mas de certeza que lhe passavam.
c) Temo que o esganasse, lhe atiçasse o gato, ou por qualquer outro meio o tentasse eliminar da existência terrena.
11. Tem ajuda?
a) Podia ter mais, mas qual é a relação em que as duas pessoas trabalham igualmente?
b) Tenho. Aliás quando ouço as outras mulheres falarem, acho mesmo que tive muita sorte.
c) Qual ajuda?
12. A sua família está disposta a dar-lhe o apoio devido?
a) Não se vão mudar todos lá para casa e a minha sogra é capaz de refilar um bocado, mas, se houver uma segunda criança, vão ter de se habituar.
b) Sempre deram, não é agora que me vão abandonar.
c) Não me façam rir. A minha mãe só me dá conselhos inúteis, a minha sogra aparece para chatear e, quando é precisa, vai de férias, as tias vieram de visita quando ele nasceu e depois nunca mais, e de resto não há mais família nenhuma, graças a Deus…
13. Considera-se uma mãe stressada?
a) Confesso que já apanhei alguns sustos e que sou um bocado paranóica com o horário das mamadas e das vitaminas, que a pediatra coitada já não me pode aturar, que fui várias vezes chorar para a casa de banho e, quando ele não parava de berrar, considerei a hipótese de cometer harakiri, mas agora já tenho a situação controlada.
b) Por acaso acho que não. Quando acontece qualquer coisa de que não estou à espera, consigo resolvê-la de forma mais ou menos calma.
c) Sou stressada sou, sem sombra de dúvida!
14. Quando passa em frente de uma loja de roupa de bebé, o que é que faz?
a) Se tenho tempo, entro e dou uma volta, só por curiosidade.
b) Nunca resisto: entro e compro sempre qualquer coisa, mesmo que não seja preciso. Já dei por mim a comprar roupa de recém-nascido…
c) Nada… que é que era suposto fazer? Continuo a andar. Se for preciso qualquer coisa para o Joãozinho, entro e compro, mas só se for preciso.
15. Um segundo bebé não significa apenas mais um berço. Já pensou no que acarreta para o futuro? Mais uma cama, um infantário, mais um lugar no carro, mais um adolescente para alimentar e vestir…
a) Pois, também é isso que me preocupa. Toda a gente diz que quem tem um tem dois, mas eu ainda não estou convencida…
b) Sinceramente, já pensei nisso tudo e fiz todas as contas e não me parece um fardo assim tão grande.
c) Nem pensar! Uma criança é uma preocupação constante, agora imaginem ter de dividir as preocupações por dois! Nunca mais ia dormir na vida!
16. E agora responda lá, sinceramente: quando pensa em mais uma dose de noites mal dormidas, energia a zero, paciência no limite, optimismo a dar as últimas, preocupações variadas, consultas médicas, e sensação de que nunca vai voltar a ter o corpo que tinha dantes, como é que se sente?
a) Ehhh… Postas as coisas dessa maneira, vou pensar duas vezes antes de me meter noutra aventura.
b) Mas isso são só as partes más! E a carinha dele quando dorme, o primeiro sorriso, os dedinhos a agarrar os nossos, a carequinha, os primeiros fatinhos?
c) Vou ali ler outra coisa, já percebi que isto não é para mim.
E O SEU RESULTADO É…
MAIORIA A) Segundo filho? Talvez daqui a uns tempos… Teoricamente, até acha que mais uma criança era uma boa ideia. O problema é que quando começa a pensar em passar novamente por tudo, a boa ideia de repente não parece assim tão boa… Pormenor: em termos práticos, quanto mais tempo esperar, menos ‘útil’ lhe será uma segunda criança, até porque, para as crianças, dois ou três anos fazem uma enorme diferença.
Se a tiver quando o seu filho já andar no secundário, de pouco lhe vai servir. Dito isto, ninguém a pode obrigar a ter um filho só porque, teoricamente, é a altura certa, ou porque se calhar agora até tem mais dinheiro e depois pode não ter, ou porque está farta de ouvir a sua sogra chagar-lhe os ouvidos com ‘e então, quando é que dão um mano à Luisinha’? Ninguém morreu por ser filho único. Uma mulher sabe, intuitivamente, quando é a altura certa para ter uma criança. Se não sente isso agora, é porque não é. De qualquer maneira, não dê as roupinhas do seu primeiro filho até ele ter 30 anos!
MAIORIA B)
Segundo filho? É para já! Se ainda não está grávida, é provável que esteja em breve: você mal pode esperar para ter outra criança. Ou porque o primeiro parto correu bem, ou porque o primeiro bebé dá umas noites calmas, ou porque correu tudo tão mal que você quer despachar já uma segunda vez e ficar com o assunto resolvido enquanto vai com a pedalada da primeira, ou porque a sua convicção é que as crianças devem ter irmãos, seja por que motivo for, a verdade é que você está preparada para um segundo filho. Apesar de tudo, convém verificar se tem ajuda suficiente para aguentar uma dose dupla. Atenção ainda que os médicos recomendam esperar pelo menos um ano entre dois bebés.
MAIORIA C)
Ai nem me falem num segundo filho! Pronto, foi mãe uma primeira vez, mas ninguém a convence a ser mãe pela segunda. E ninguém tem de a convencer.
Quem tem de se convencer é você: ou não. Se quiser uma segunda criança para que a primeira, coitadinha, não fique condenada a carregar com a família às costas, óptimo.
Se não quiser mais nenhuma criança, óptimo também.
Ser ou não filho único tem desvantagens e vantagens, e, em todo o caso, é melhor um filho único de uma mãe consciente, do que dois filhos que depois serão praticamente órfãos…
E se decidir ter o segundo…
Prepare-se para uma gravidez que não vai ser igual à primeira, porque há uma criança a quem dar atenção. Antes de ficar praticamente sem se conseguir mexer (ou sem nenhuma vontade de o fazer, o que vai dar ao mesmo), prepare um plano para lidar com a sua criança mais velha: actividades pouco cansativas para fazer com ela, pessoas que a podem levar a passear, amigos com quem a deixar. Vá habituando a passar mais tempo na avó; e todas as mudanças que tencionar fazer na sua vida quando a criança nova nascer, faça-as já, para que o mais novo não as associe à chegada do bebé.
Quando é altura certa?
Só você é que pode decidir se quer ou não um segundo filho. Em todo o caso, tenha em conta o seguinte.
Espaço: Hoje é um bebé, mas daqui a uns anos vai ser um adolescente. Tem espaço em casa para mais uma pessoa, uma cama, uma secretária?
Tempo: O pouco que tem vai ter de dividi-lo entre duas crianças. Vão ser duas a comer, duas com histórias para contar, duas com problemas diferentes, duas com trabalhos de casa para fazer, duas para ir buscar (uma à natação, outra ao balé, uma a casa da Ana, outra a casa do Tiago…).
Relação: Se tiver dois filhos com idades muito espaçadas, na prática vai ter… dois filhos únicos.