A melhoria das condições de vida e de alimentação contribuiu para que os homens europeus crescessem, em média, 11 centímetros no período de um século, segundo o estudo do economista Timothy Hatton, da Universidade de Essex, na Inglaterra.
Os mais altos são os holandeses, que em 110 anos passaram de uma média de 1,66m para 1,83m. Por contraste, os portugueses são os mais baixos: em 1911 (primeiro ano em que aparece informação para o nosso país) tinham, em média, 1,64m e atingiram 1,72m em 1980 (data final do estudo).
Entre 1871 e 1875, os homens espanhóis mediam cerca de 1,63m mas, entre 1971 e 1975, passaram rapidamente para 1,75m.
Neste período de 110 anos registaram-se os maiores avanços nos sistemas de saúde europeus, o que ajudou à diminuição de doenças. O resultado é um aumento médio da estatura dos homens de toda a Europa – de 1,67m para 1,78m.
“As provas mostram que melhorar o ambiente sanitário, reduzindo as doenças, se traduz numa diminuição da mortalidade infantil e que esse é o fator mais determinante no aumento da estatura”, explica o investigador. A alimentação, durante os primeiros dois anos de vida, também é muito importante para o futuro crescimento das crianças.
Os pesquisadores analisaram relatórios médicos e militares de homens com 21 anos de 15 países europeus, entre os anos de 1870 e 1980. ” O aumento na estatura humana é um indicador-chave da saúde média das populações”, explica Timothy Hatton,
O estudo investigou apenas a estatura masculina, porque que houve dificuldades de acesso a informações sobre mulheres. O artigo foi publicado na revista Oxford Economic Papers.