Nem de propósito! Tive uma semana em cheio e, por isso, o desafio escolhido foi resumir as dicas de um livro no qual queria pegar há muito. Nos últimos dias, usei a minha #cartabranca para perceber como é que posso ser mais produtiva quando sinto que não tenho tempo para nada.
Assinado por Donald Roos – designer, empresário e professor -, a obra de que vos falo chama-se “Não Leias Este Livro – Ideias e Planeamento para Pessoas Criativas”. E toda a gente sabe que o fruto proibido é o mais apetecido. Como assim, “não leio este livro“? Leio, sim.
Ora, o autor desenvolveu um método que se revela bastante eficaz na hora de definir prioridades. “O Método da Lista-A-Não-Fazer baseia-se na ideia de que não podemos fazer tudo, mas também não é preciso. Amiúde pensamos que uma pessoa ocupada é uma pessoa bem-sucedida“, escreve.
Surpresa: não é bem assim. “Todavia, quem se dispõe a fazer muitas coisas apenas faz um pouco de tudo, o que acaba sempre por ser insuficiente. É melhor escolher poucas coisas e fazê-las bem e ignorar o resto. Mesmo que sejam boas ideias“, explica. Só assim, o nosso cérebro conseguirá ter paz e não a sensação de que há “coisas por acabar“.
Resumindo, Roos diz que devemos fazer uma lista com as coisas mais importantes que temos a fazer. Dessas, devemos selecionar cerca de três – as “mais importantes” – e riscar as restantes, deixando-as numa lista de coisas “a não fazer”. Aliás, o autor desenvolveu uma app que faz isto automaticamente – assim que realiza uma das três principais tarefas, fica com espaço para uma das “menos importantes”.
Para conseguir elaborar uma lista tão pequena e específica, Donald aconselha a que pense no coração – o que gostaria mesmo de fazer – em vez de atividades que também lhe possam dar dinheiro. Além disso, aconselha a que nos tornemos adeptos da “monotarefa”. “Quem desempenha uma tarefa de cada vez acaba por ser muito mais produtivo“, refere.
Mas que não haja ilusões! Ao longo do livro, o autor deixa uma série de pequenas dicas que podem ser postas em prática facilmente – inclusive, a nível profissional. O discurso de Roos é simples e nota-se, claramente, que sabe do que fala.
Aliás, embora defenda que a lista deve ser elaborada sem pensar muito em dinheiro, o autor também refere que devemos aceitar o trabalho que nos paga a renda, mesmo que não gostemos assim tanto dele, até nos conseguirmos dedicar àquilo que nos dá mais prazer.
No fundo, “Não Leias Este Livro” é um conjunto de páginas sem “palha”, dinâmico e com os pés (ou as letras) bem assentes na terra. É uma obra para quem procura aproveitar a vida ao máximo – e, para tal, há que aceitar os desequilíbrios e flutuações inerentes à arte de viver. Como em tudo, até para realizar uma simples lista, há que deixar algo de fora e procurar um equilíbrio saudável.
Quais as maiores dicas de produtividade que já vos deram? Contem-nos tudo, nas redes sociais, identifiquem a ACTIVA e usem a hashtag #cartabranca. Na próxima quinta, volto a escrever-vos. Até lá!