
Katie Little
A agenda atarefada não perdoa e as mulheres com idades entre os 21 e 29 anos referem as consequências disso no estudo ‘Millennial and Contraception – Why do we forget?’. A pesquisa foi apresentada no lançamento da campanha “A Liberdade Começa Agora”, de sensibilização para a contraceção de longa duração, pela Sociedade Portuguesa da Contraceção e Associação para o Planeamento da Família, com o apoio da Bayer.
O estudo destaca que 39% das inquiridas afirmaram ter-se esquecido de tomar a pílula no mês anterior, pelo menos uma vez. Algumas mulheres afirmaram ainda que se esquecem de a tomar uma ou mais vezes por semana. Vida muito ocupada e não manter a pílula em local visível são as principais razões citadas para o esquecimento.
As jovens envolvidas no estudo experimentaram, em média, duas grandes rupturas nas suas vidas quotidianas durante o ano passado, com algumas delas a afirmarem que passaram por seis situações de rutura no período de um ano. Três quartos das mulheres participantes (75%) concordaram que estas interrupções aumentaram os seus níveis de stresse.
Para Linda Papadopoulos, psicóloga envolvida no estudo, “não é nenhum segredo que os 20 são anos stressantes. Na verdade, quando estamos stressados, o nosso cérebro liberta hormonas que se sobrepõem às estruturas do nosso cérebro, críticas para os processos de memória e, consequentemente, podem prejudicar a formação da memória.”
Tina Peers, médica envolvida no estudo, observou: “As mulheres devem procurar o aconselhamento junto dos profissionais de saúde sobre as opções contracetivas disponíveis que melhor se adaptem à sua saúde e ao estilo de vida.”
O inquérito ‘Millennials and Contraception – Why do they forget’ foi conduzido pela Opinion Health através de um questionário online a que responderam 4500 mulheres na França, Alemanha, Itália, Espanha, Bélgica, Irlanda, México, Brasil e EUA.