Todos sabemos que devemos manter-nos afastados da comida de plástico, mas existem outros alimentos que podem prejudicar gravemente a saúde.
“Não significa que vá ficar doente, ter cancro ou morrer se consumir um alimento perigoso uma vez,” diz Nneka Leiba, vice-diretora de investigação do Environmental Working Group (EWG), que cataloga estudos sobre potenciais toxinas encontradas em alimentos de marcas específicas e classifica a sua segurança num banco de dados massivo, à Harper’s Bazaar. “Mas existem certos alimentos que devemos evitar o máximo possível, se tivermos escolha.”
Os maiores vilões são os aditivos nos alimentos altamente processados.
“Não sabemos quais poderão ser as consequências a longo prazo de consumir essas experiências de laboratório,” acrescenta Rachel Harvest, dietista registada.
Com isso em mente, a publicação estadunidense preparou uma lista de cinco produtos que assustam Leiba, Harvest, e outros dietistas registados.
As carnes processadas, incluindo o presunto, o salame e o bacon, não só contém gorduras saturadas, como também podem ter mais 400% de sódio e 50% mais conservantes que as carnes vermelhas não processadas. O pior? Algumas contém nitritos e nitratos, aditivos químicos que há foram associados a diferentes tipos de cancro, mas ainda são usados para melhorar a cor, promover o sabor e evitar a deterioração. Esses ingredientes devem ser listados nos rótulos dos alimentos, portanto, procure-os e opte por carnes que não os contenham.
Como a margarina é feita a partir de óleos vegetais e tem menos colesterol e gordura saturada do que a manteiga, é considerada a melhor opção há vários anos. Mas agora que alguns especialistas admitem que o colesterol na dieta não é tão prejudicial quanto pensavam, a margarina, que é rica em sal e contém gorduras trans que entopem as artérias, não parece assim tão saudável.
“A gordura trans, como a gordura saturada, aumenta os níveis de colesterol no sangue e o risco de doença cardíaca,” explica Melissa Rifkin, dietista registada.
O azeite de oliva (ou outra fonte de gordura monossaturada) é sempre uma aposta melhor e a manteiga ‘a sério’ vem em segundo lugar, acrescenta Rifkin.
É de conhecimento geral que os refrigerantes não fazem bem à saúde. Uma lata contém, em média, 10 colheres de chá de açúcar. Quando são consumidos em excesso, o corpo responde ao criar excesso de insulina, o que normalmente ajuda o corpo a absorver açúcar da corrente sanguínea e usá-lo como energia. Com o passar do tempo, esta resposta exagerada pode aumentar o risco de desenvolver diabetes e alguns tipos de cancro. Se isto por si só não é assustador, pense no seguinte: de acordo com um novo estudo, o ‘corante de caramelo’ que uma pessoa ingere numa lata de refrigerante por dia foi recentemente associado a um risco 58% maior de cancro.
Os refrigerantes Diet são melhores? A resposta cura é ‘não’, porque contêm adoçantes artificiais que muitas vezes têm um sabor mais intenso que o açúcar ‘a sério’. Ao longo do tempo, estes aditivos podem fazer perder a sensibilidade a alimentos naturalmente doces, como as frutas, explica Rifkin. E os problemas dos refrigerantes Diet não ficam por aqui: já foram associados a depressão, cáries, risco elevado de AVCs e ataques cardíacos, cancro do pâncreas e parto prematuro.
Os doces que são especificamente anunciados como ‘sem açúcar’ também tendem a conter adoçantes artificiais também. Além disso, o sistema digestivo não consegue quebrar substitutos de açúcar e álcoois de açúcar, diz Rachel Harvest. Quando exageramos (o limite é diferente para todos), podemos ter dores estomacais graves.
“Não é saudável comer nada que venha num saco,” diz Rifkin. Os sacos das pipocas de microondas, em particular, são muitas vezes revestidos com uma substância química chamada sulfonato de perfluorooctano, que, de acordo com alguns estudos feitos animais e em alguns humanos, pode afetar a fertilidade, o risco de cancro e o funcionamento dos rins. Como este produto não está rotulado como “tóxico”, o melhor é evitá-lo. Outra coisa: algumas marcas acrescentam gorduras trans aos seus produtos, e vagamente listam “sabores artificiais” ou “sabores naturais” nos seus rótulos, portanto não há como saber o que realmente está lá dentro, avisa Warren. No pior dos cenários, a receita pode conter MSG, que pode causar enxaquecas ou náuseas, ou diacetil, o responsável por conferir o ‘sabor a manteiga’, que pode causar danos respiratórios quando é inalado.