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A prevenção do cancro da mama está associada a uma prática regular de exercício físico, alimentação equilibrada, bem como à realização de exames com a regularidade recomendada. Ora, um recente estudo veio, precisamente, destacar a importância daquilo que colocamos no prato, com particular incidência nos alimentos anti-inflamatórios.
Publicado no Current Developments in Nutrition, o estudo espanhol seguiu cerca de 320 mil mulheres do European Prospective Investigation Into Cancer and Nutrition durante 14 anos. Desse grupo, foram identificados 13 mil e 246 casos de cancro da mama ao longo dos anos.
Para a pesquisa, os investigadores analisaram as dietas das participantes, através de questionários que incluíam informações sobre a comida que ingeriam e a frequência com que o faziam. Em seguida, com base nas respostas, era atribuído um “valor inflamatório da dieta”, baseado no consumo de 27 alimentos, cujo “peso inflamatório” era medido.
O resultado? As mulheres com as dietas mais inflamatórias tiveram um risco 12% maior de desenvolver cancro de mama, em comparação com as que tinham as dietas menos inflamatórias. O risco incidiu mais em mulheres antes da menopausa (tipicamente com 50 anos ou menos).
Os autores do estudo apontam a dieta mediterrânica como a mais saudável na prevenção do cancro e listam alguns dos alimentos mais e menos inflamatórios. No grupo dos inflamatórios estão, por exemplo, a carne e derivados, sobretudo carnes vermelhas, gorduras pouco saudáveis, manteiga, margarina e doces. Já no dos anti-inflamatórios encontramos legumes, vegetais, frutas, café e chá, por exemplo.
De notar que o problema não são os alimentos inflamatórios em si, já que o nosso corpo tem defesas para nos proteger dos efeitos nocivos dos mesmos. O problema surge quando estes se tornam de consumo habitual, já que pode levar a inflmação crónica e consequente desenvolvimento de doenças.