Há quem evite beber vinho por conta dos efeitos pouco simpáticos que podem surgir no dia seguinte. Mas, pelos vistos, tudo depende da qualidade do produto e, claro, da quantidade ingerida.
É aqui que entra o ‘vinho natural’, um termo que não tem uma definição oficial. Porém, segundo a sommelier Caitlyn Rees, a maioria dos entendidos concordam que se trata de um vinho feito com uvas orgânicas, de agriculturas biológicas ou biodinâmicas, e fermentado naturalmente, sem a adição de produtos químicos.
Em declarações à revista Elle Austrália, a especialista explica que esta é a grande diferença relativamente ao vinho convencional, cujo cultivo das uvas costuma envolver pesticidas e herbicidas, que fazem parte do plano de gestão do vinhedo. Além disso, continua Rees, o fermento comercial é frequentemente adicionado às uvas para criar uma fermentação e vários ingredientes como, por exemplo, o ácido tartárico e taninos em pó, também podem ser usados. O produto final geralmente acaba por ser refinado e filtrado.
Dito isto, é importante sublinhar que o álcool é a causa das ressacas e que ele continua a estar presente no vinho natural. Portanto, não se trata de um elixir milagroso para evitar as náuseas, dores de cabeça, etc. Contudo, a produção do vinho natural salta o passo da adição de compostos químicos, o que significa que o corpo não tem de esforçar-se tanto para digeri-los. Por conseguinte, há a possibilidade de as ressacas serem menos severas, mas não serão inexistentes.