![](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/4/2023/08/230804_GettyImages-1589407728-1600x1067.jpg)
(Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images)
O Papa Francisco está em Lisboa para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), um encontro internacional de jovens lançado por João Paulo II em 1986 e que este ano deverá reunir entre 1 e 1,5 milhões de pessoas no País.
O segundo dia do evento ficou marcado por uma visita do sumo pontífice à Universidade Católica, onde discursou para os alunos e corpo docente, pedindo-lhes que mantenham a procura incessante por um futuro melhor e trabalhem por um mundo mais justo.
Francisco também elogiou o “indispensável contributo feminino”, observando que a instituição batizou recentemente uma nova cadeira académica dedicada à “Economia de Francisco” em homenagem à segunda santa mais famosa de Assis, Santa Clara.
“Vê-se, na Bíblia, como a economia familiar está em grande parte na mão da mulher. É ela a verdadeira ‘governante’ da casa, com uma sabedoria que não visa exclusivamente o lucro, mas o cuidado, a convivência, o bem-estar físico e espiritual de todos, bem como a partilha com os pobres e os estrangeiros”, afirma. “Abordar os estudos económicos com esta perspetiva é entusiasmante, tendo em vista devolver à economia a dignidade que lhe compete, para que não caia como presa do mercado selvagem e da especulação”.
![](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/4/2023/08/230804_GettyImages-1589665045-1-1600x1067.jpg)
O líder da Igreja Católica também falou sobre a importância de ver o conhecimento como uma responsabilidade, enfatizando que aqueles que têm acesso ao ensino superior devem abordar a desigualdade global em vez de perpetuar o elitismo.
“À universidade que se comprometeu a formar as novas gerações, seria um desperdício pensá-la
apenas para perpetuar o atual sistema elitista e desigual do mundo com o ensino superior que continua a ser
um privilégio de poucos. Se o conhecimento não for acolhido como uma responsabilidade, torna-se estéril.
Se quem recebeu um ensino superior — que hoje, em Portugal e no mundo, continua a ser um privilégio —,
não se esforça por restituir aquilo de que beneficiou, significa que não compreendeu profundamente o que
lhe foi oferecido”.
O Santo Padre encorajou os jovens a correrem riscos em busca de respostas, sublinhando que o mundo moderno “enfrenta enormes desafios”. Para a situação melhorar, disse, é preciso colocar o ser humano no centro. “Por isso, tende a coragem de substituir os medos pelos sonhos: não administradores de medos,
mas empreendedores de sonhos!”